CHEGA-Madeira diz que estrutura do Governo "já revela problemas"
O presidente do Governo Regional já anunciou os nomes que irão fazer parte do novo executivo, porém, para o CHEGA, a nova estrutura governativa representa, acima de tudo, “a continuidade da mesmíssima lógica de governação”, em vez de constituir “a ruptura no modo de actuação que a política madeirense tanto necessita.”
Os únicos aspectos positivos no novo elenco são a redução no número de secretarias, o que tem a obrigação de se reflectir numa grande poupança de verbas para o erário público, assim como a saída de Susana Prada, uma secretária que sempre demonstrou alguma dificuldade em gerir assuntos com contornos políticos mais acentuados e que, de facto, nunca conseguiu conquistar a simpatia da população". Miguel Castro, o líder do CHEGA-Madeira e deputado-eleito para a nova legislatura
Tirando estes dois aspectos, Miguel
Castro lamenta que o PSD não tenha aproveitado a ocasião para trazer à política
madeirense a mudança que precisa, mas, pelo contrário, tenha apostando num
elenco que já padece de vários problemas.
Em primeiro lugar, a Saúde e a Educação são pastas onde se têm registado inúmeros problemas, todos eles com grande impacto na população, desde as listas de espera e a perda de dados informáticos ao desgaste e pressões exercidas sobre os profissionais de Saúde e sobre os corpos docentes. Por isso, manter estes secretários confirma que não serão apresentadas respostas aos muitos desafios que sobre si recaem". Miguel Castro, o líder do CHEGA-Madeira e deputado-eleito para a nova legislatura
E acrescenta: “É totalmente contranatura colocar as Pescas e o Mar na mesma secretaria que a economia. Aliás, a única razão para tal é assegurar que os quadros afectos ao CDS ficam todos sob a alçada do secretário do mesmo partido, que é uma atitude que denota o enorme desrespeito que o governo há muito nutre quanto ao sector das Pescas".
Ainda sobre o CDS, parceiro de coligação do PSD, o líder do CHEGA aponta a postura displicente dos sociais-democratas quanto ao partido que lhes ajudou a ganhar os últimos actos eleitorais.
“A redução do CDS de duas secretarias para uma é indicativo da perda de peso daquela partido no seio da coligação. Se já existiam indicadores de que a relação entre o PSD e o CDS é difícil, fica agora confirmado que o PSD quis claramente reduzir o peso do CDS no futuro governo", concluiu.