"Este Governo ainda consegue ser mais negativo do que o anterior", diz Edgar Silva
Deputado do PCP afirma que se trata "apenas uma dança de cadeiras, sem uma verdadeira reciclagem"
O deputado do PCP, Edgar Silva, expressou preocupação com a nova composição do Governo Regional, afirmando que esta mudança mais do que uma continuidade representa "uma perpetuação da mesma governação".
Este governo ainda consegue ser mais negativo do que o que estava em exercício de funções. Portanto, há um agravamento (...) uma continuidade da mesma estrutura de governo e da mesma governação, que são um retrocesso muito preocupante Edgar Silva, deputado do PCP
Em declarações ao DIÁRIO, Edgar Silva também alertou que "há indícios" de existir um agravamento, principalmente nas áreas sociais, mais concretamente nos sectores de Emprego, Segurança Social e Políticas Sociais Activas, reforçando que neste aspecto o novo governo pode ser ainda mais prejudicial do que o anterior.
São aréas que são muito importantes para combater os problemas da precariedade laboral, em relação aos problemas da intensificação e da exploração no trabalho, à defesa do emprego, sobretudo com direitos para a Juventude, para que os mais jovens possam ter acesso ao emprego, estabilidade nos seus trabalhos e nas vidas. E este Governo é completamente indiferente a isso e regride muito à anterior governação Edgar Silva, deputado do PCP
Quanto à saída de quatro secretários, o deputado do PCP considerou que "aquilo é mais do mesmo," enfatizando que, no fundo, a estrutura do Executivo não sofre alterações significativas. "É apenas uma dança de cadeiras, sem uma verdadeira reciclagem", disse, reforçando que é "uma mudança para pior".
Em relação às escolhas de Rafaela Fernandes (Agricultura e Ambiente) e Ana Sousa (Inclusão e Juventude) para novas secretárias regionais, Edgar Silva afirmou que o Governo pode vir a perder relevância política nessas áreas e que as políticas vão permanecer essencialmente as mesmas. Ele caracterizou estas duas novas apostas como uma "pequena dança de cadeiras," onde as pessoas mudam de posição, mas a lógica e as políticas da governação permanecem intactas
As políticas vão ser as mesmas, mas o corpo que vai estar a dinamizar é outro. Ou seja, a estrutura e a lógica da governação mantém-se inalteradas Edgar Silva, deputado do PCP