Grupo de sócios apresenta "rol de mentiras" da direcção do Marítimo
O Grupo de 50 sócios requerente da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para a destituição dos actuais orgãos sociais do Club Sport Marítimo vem novamente, através de comunicado, deixar duras críticas à direccção do emblema verde-rubro.
Desta feita, manifestam mesmo "total repúdio e estupefação" pelo teor do último comunicado emitido pela direcção, relativamente à suspensão das negociações para a compra de 40 por cento da Marítimo SAD, considerando que se trata "apenas de mais uma demonstração do total desnorte que tomou conta do actual presidente Rui Fontes enquanto líder do Marítimo".
O grupo destaca que é "um rol de mentiras que não pode passar em claro a todos os maritimistas e que merecem ser denunciadas", enumerando em seguida essas mesmas falsidades que o DIÁRIO passa a citar:
Primeira mentira - “Foi possível assegurar que as propostas de dois destes interessados poderiam ser conformes com os requisitos fixados pelos Sócios e, consequentemente, submetidas à apreciação dos mesmos”. Então não foi o presidente Rui Fontes que afirmou que a proposta do Alex Bunbury era a única? Afinal qual é o segundo interessado? Quando e onde se reuniu com esse segundo interessado? Os sócios do Marítimo merecem ser esclarecidos".
Segunda mentira - “a direcção do CS Marítimo entende que a indefinição relativa à titularidade do Complexo Desportivo de Santo António, para além de fragilizar a posição negocial do Clube, determina a desvalorização da Marítimo da Madeira – Futebol, SAD e, consequentemente, a redução substancial das contrapartidas financeiras passíveis de serem obtidas no âmbito da alienação de parte do capital social da mesma. Tal como foi manifestado publicamente pelo Alex Bunbury os terrenos nunca foram um problema para concretizar o negócio. Aliás, o terreno de Santo António será sempre do clube e não da SAD. Prova disso é que na proposta inicial apresentada pelo Alex Bunbury o mesmo falou em construir noutro local, que não Santo António, uma academia, justificando essa decisão pelo facto dos terrenos não pertencerem ao Marítimo".
Terceira mentira - “Apesar do claro e inequívoco mandato que os sócios conferiram a esta Direção, e de todas as indecisões e contradições dos respectivos requerentes, está agendada para o próximo dia 31 de Outubro uma Assembleia Geral Extraordinária destinada a discutir e votar a eventual destituição dos órgãos sociais do CS Marítimo. Nunca os requerentes - todos maritimistas e com quotas em dia - estiveram indecisos muito menos em contradição. Quem manifestou uma enorme contradição foi o presidente da Mesa da Assembleia Geral que depois de receber o requerimento, no dia 16 de Junho de 2023, disse aos sócios que estava tudo tratado e que os mesmos podiam ir embora. Para surpresa, e não estando previsto nos estatutos, solicitou posteriormente uma reunião para ilegalmente solicitar o pagamento de 1280 euros para a realização da requerida Assembleia Geral".
Contradições - "Então só agora - passados quase 4 meses do pedido de AG destitutiva -, depois de iniciar o processo negocial com Alex Bunbury, é que a direcção do Marítimo constatou não estarem reunidas as condições para continuar com as negociações? Então o que andaram a conversar com o investidor durante todos estes meses? As indefinições, as dúvidas não são as mesmas aquando do início das negociações?"
Os sócios do Marítimo pedem apenas verdade e clareza ao seu presidente Rui Fontes, algo que não tem acontecido desde que tomou posse. Que o presidente Rui Fontes nunca se esqueça do que disse a 27 de Junho de 2023: “Os sócios não dão mais votos de confiança” Grupo de sócios do Marítimo
A terminar o comunicado, o grupo deixa o apelo para que todos os maritimistas vão no sábado ao Caldeirão "apoiar os bravos dos nossos jogadores para que a nossa equipa consiga mais uma vitória no campeonato rumo ao tão desejado regresso à 1.ª Liga".