Presidente da Câmara de Santana aponta "gestão orientada" para sucesso no Anuário Financeiro
O presidente da Câmara de Santana, na Madeira, disse hoje que o segredo para a boa posição no 'ranking' do Anuário Financeiro dos Municípios é ter "uma gestão orientada" para o que é realmente importante para o concelho.
"O segredo é fazer uma gestão orientada para aquilo que é realmente prioritário e não andar aqui a inventar obras e investimentos que possam ferir o orçamento e ferir o equilíbrio orçamental do município", disse Dinarte Fernandes (CDS), em declarações à Lusa.
O autarca lembrou que, à semelhança de outros do país, o seu "é um município demograficamente com uma necessidade imperiosa de pessoas", acrescentando que foram implementados vários apoios, como o apoio à natalidade, não aplicação aa derrama às empresas, devolução de 5% do IRS e aplicação do IMI familiar, entre outros.
Dinarte Fernandes frisou que o seu executivo tem dado maior prioridade ao investimento nas pessoas e na atenuação do inverno demográfico que se faz sentir na região.
Desta forma, de acordo com o autarca, é alcançada alguma "folga orçamental para realizar algumas obras", como por exemplo a requalificação urbanística, sublinhando que estas são "muito importantes para a qualidade de vida" das pessoas que vivem no concelho, mas também para quem visita um município "muito turístico".
"A verdade é que para darmos passos maiores, para fazermos investimentos que depois já ascendam a milhões de euros, eventualmente, futuramente, vamos ter que fazer valer a nossa capacidade de endividamento que neste momento existe e que poderá ser utilizada responsavelmente para fazer algum investimento que seja importantíssimo para o concelho", afirmou.
Santana, a par de Sintra e de Santa Maria da Feira, encabeça o 'ranking' das 100 Câmaras com melhor pontuação no 'ranking' global de eficiência financeira do Anuário Financeiros dos Municípios relativo a 2022, no qual apenas 85 municípios tiveram nota positiva.
O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses é da responsabilidade do Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (CICF/IPCA) e do Centro de Investigação em Ciência Política da Universidade do Minho, e conta com o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) e do Tribunal de Contas.
Os critérios considerados para este Ranking Global referem a posição do município tendo em conta a conjugação do índice de liquidez, da razão entre o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e os rendimentos operacionais, do peso do passivo exigível no ativo, do passivo exigível por habitante, da taxa de cobertura financeira da despesa realizada no exercício, do prazo médio de pagamentos, do grau de execução do saldo efetivo, do índice de dívida total, do índice de superavit e dos impostos diretos por habitante.