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Madeira

“Não é com esmolas que os problemas são resolvidos”

ARPIRAM não acredita numa mudança de postura do próximo Governo Regional

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A Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos da Região Autónoma da Madeira (ARPIRAM) promoveu uma iniciativa pública, esta manhã, na Rua Dr. Fernão de Ornelas, no Funchal.

Com o objectivo de alertar para os problemas que afectam a população mais envelhecida, o presidente da associação, Baptista Monteiro, defendeu não ter esperança no próximo Governo Regional, no sentido de se resolver os problemas que afectam os idosos, os reformados e os pensionistas da Região.

Não é com esmolas que os problemas são resolvidos. Nós não acreditamos em milagres. Já pedimos quatro reuniões e não temos tido qualquer resposta por parte do Governo Regional. Baptista Monteiro, presidente da ARPIRAM

Ao exigir uma mudança de postura do executivo regional, o responsável associativo assumiu ainda que as iniciativas públicas vão continuar a existir até a ARPIRAM obter respostas por parte das entidades governativas. “Esta iniciativa é de luta, porque a luta dos reformados, pensionistas e idosos deve continuar. As nossas reivindicações devem ser ouvidas e resolvidas”, exigiu Baptista Monteiro.

“Muitos idosos têm reformas e pensões a rondar os 300 euros. Não temos de escolher entre ir a uma farmácia ou a um supermercado. Temos direito a uma vida digna com pensões e reformas justas. Por isso, vamos continuar a combater a desigualdade social gritante que existe na Região”, assegurou.  

Em jeito de comemoração do dia nacional do idoso a 1 de Outubro, Baptista Monteiro aproveitou a ocasião para apresentar um conjunto de medidas para melhorar a qualidade de vida dos idosos, reformados e pensionistas madeirenses.

Além de aumentos das reformas e da existência de um complemento acessível a todos os reformados e pensionistas, o responsável associativo quer transporte público gratuito e habitação digna para todos os idosos. As exigências com melhores cuidados de saúde também não foram esquecidas pelo responsável associativo. “Temos o direito de viver em condições dignas, depois de uma vida de trabalho”, concluiu.

Este texto foi elaborado pelo João Pedro Santos, sob a supervisão do editor-executivo João Filipe Pestana