Metade do ano percorrido e o "número de novos contratos de arrendamento na RAM diminuiu em termos homólogos, enquanto o valor por metro quadrado cresceu", informa hoje a DREM. Aliás, tem crescido tanto que bateu novo recorde de valor por metro quadrado, sendo certo que isso poderá estar a contribuir para a diminuição da concretização de acordo entre arrendatários e arrendador.

"Segundo informação hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no 1.º semestre de 2023 (últimos 12 meses), o valor mediano das rendas dos 1.307 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares, celebrados na RAM, foi de 7,71 €/m2, o valor mais elevado da série existente (com início no 2.º semestre de 2017)". Relativamente ao semestre precedente, observou-se um decréscimo de novos contratos, de -3,4%, e um acréscimo de +4,9% no valor mediano das respetivas rendas. Comparativamente ao 1.º semestre de 2022, observaram-se, pela mesma ordem, variações de +2,4% e de +13,2%", acrescenta a Direcção Regional de Estatística da Madeira.

Mais, assegura que "entre as 25 regiões NUTS III, a RAM posicionou-se como a terceira região com o valor mediano das rendas mais elevado (7,71 €/m2), atrás da Área Metropolitana de Lisboa (10,42 €/m2) e do Algarve (7,95 €/m2). Note-se que a média nacional correspondia a 6,86 €/m2".

Ora, não sendo calculados todos os contratos, uma vez que é "considerado o limiar mínimo (30 transações) estabelecido para efeitos de difusão", diz a DREM que "apenas foi possível disponibilizar dados para o Funchal, seus municípios contíguos (Câmara de Lobos e Santa Cruz) e Calheta. No período em referência, o Funchal concentrou 849 dos 1.307 novos contratos de arrendamento, seguido de Santa Cruz com 216, Câmara de Lobos com 67 e Calheta com 43", sendo por isso residual o peso dos restantes 7 concelhos.

Já "no que diz respeito ao valor mediano de rendas entre municípios, verifica-se que o Funchal (8,89 €/m2) registou o valor mais elevado, sendo o único a superar o valor da Região (7,71 €/m2), seguindo-se Santa Cruz (7,15 €/m2), Calheta (5,46 €/m2) e Câmara de Lobos (5,35 €/m2)". 

Dado o valor 'fora da escala' da capital madeirense, foi estabelecido um ranking dos municípios do país, onde "o Funchal surge em 11.º lugar, em termos de renda mais elevada, depois de Lisboa, Porto e de municípios que fazem parte das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e da região do Algarve. No semestre anterior, o Funchal ocupava a mesma posição", assegura.

Mais, limitando a análise ao 2.º trimestre de 2023, "constata-se que o valor mediano das rendas na RAM foi de 8,04 €/m2, traduzindo um aumento de 9,4% em termos homólogos e de 5,1% em termos trimestrais", sendo que "no Funchal, esse mesmo valor rondou os 8,97€, subindo 7,7% comparativamente ao mesmo trimestre de 2022 e 2,2% face ao trimestre anterior", conclui.