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Madeira

Há 24 anos, padre Anastácio Alves era transferido para a Nazaré

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O padre Anastácio Alves, que hoje começa a ser julgado por alegados crimes de abuso sexual de uma criança, foi transferido da paróquia da Quinta Grande para a Nazaré há 24 anos. Esta notícia constava da edição de 28 de Setembro de 1999.

Na época, a transferência causou alguma celeuma, com vários paroquianos a considerarem que o padre estava a ser enviado para “um barril de pólvora”. Por outros era encarada como uma forma de evangelizar aquele bairro, tido como problemático, por parte de um pároco com provas dadas de bom trabalho.

A verdade é que, nessa altura, a Nazaré não tinha uma paróquia propriamente criada e a igreja encontrava-se ainda em fase de construção, num processo que se arrastava há meses. O padre admitia ter noção das dificuldades que se avizinhavam, tendo em conta as questões ligadas às drogas e ao alcoolismo naquele bairro, mas também da variedade de culturas que nele habitavam.

No fundo, o que a Diocese do Funchal pretendia era que o padre começasse uma paróquia ‘do zero’, sendo que o próprio admitia que ia precisar de todos para levar avante esse projecto.

“Estou disposto a trabalhar naquilo que for preciso, desde que tenha a ver com a dignidade da pessoa humana”, admitia Anastácio Alves, ao DIÁRIO, quando questionado sobre o trabalho que se adivinhava árduo nessa paróquia.

Entretanto, o padre já foi investigado por alegados crimes de abuso sexual de menores que terão ocorrido nessa paróquia. No entanto, os mesmos acabaram por ser arquivados por falta de provas. E, anos os casos, as vítima admitiram que estavam a mentir, contrariando assim as suas primeiras versões de abuso.

Ex-padre Anastácio com julgamento marcado para 28 de Setembro

O início do julgamento do ex-padre Anastácio Alves, acusado de cinco crimes de abuso sexual de menores, está marcado para 28 de Setembro, às 14h15, no tribunal do Funchal (Edifício 2000). A segunda sessão terá lugar na manhã de 12 de Outubro. As datas foram agendadas pela presidente do colectivo de juízas, Carla Meneses, que vai julgar o caso. Esta informação foi confirmada ao DIÁRIO pelo juiz presidente da Comarca da Madeira, Filipe Câmara.

Estará a começar o julgamento do ex-padre, acusado de cinco crimes de abuso sexual de menores. A sessão acontece no tribunal do Funchal, localizado no edifício 2000.