EUA aplicam sanções por apoio a produção de 'drones' iranianos
Os Estados Unidos sancionaram hoje entidades e indivíduos da China, Hong Kong, Turquia e Emirados Árabes Unidos (EAU) por alegadamente fazerem parte da rede que ajuda o Irão a fabricar 'drones' usados pela Rússia na guerra na Ucrânia.
Segundo um comunicado do Departamento do Tesouro, estas entidades e indivíduos alegadamente realizaram remessas e transações financeiras para que a Guarda Revolucionária Islâmica do Irão pudesse obter um tipo de motor elétrico de que necessita para os seus 'drones' modelo Shahed-136.
Esse modelo foi projetado para atacar alvos terrestres à distância e tem a capacidade de disparar vários tiros em vagas, sobrecarregando as defesas aéreas inimigas.
De acordo com os Estados Unidos, o Irão tem fornecido estes 'drones' à Rússia para a sua guerra na Ucrânia.
Um dos motores elétricos fornecidos por esta rede internacional ao Irão foi recuperado dos restos de um 'drone' modelo Shahed-136 que foi recentemente abatido na Ucrânia, conforme detalhado pelo Departamento do Tesouro no comunicado.
Entre os sancionados, destaca-se a empresa iraniana Pishgam Electronic Safeh Company (PESC), acusada de fornecer milhares de motores elétricos à Guarda Revolucionária Islâmica, bem como o seu diretor-executivo, Hamid Reza Janghorbani.
Também estão sujeitas a sanções a empresa de Hong Kong Himark, que alegadamente entregou várias encomendas de motores elétricos à PESC num valor combinado superior a um milhão de dólares (950 mil euros), e a Fan Yang, que representou a Himark nestas transações e está sediada na China.
Além disso, foram sancionadas as empresas turcas Dal Enerji e Anka Port, bem como Farhad Ghaedi, responsável por facilitar as transações de milhares de motores através do Dubai para posterior entrega à PESC no Irão.
Esta é a nona série de sanções que os Estados Unidos adotam contra o programa iraniano de 'drones'.
Como resultado das sanções, as propriedades e bens que essas pessoas ou empresas possuem nos Estados Unidos são bloqueadas e os norte-americanos estão proibidos de fazer transações financeiras com elas.