Sindicatos de professores consideram que PSD "está a estudar forma de recuperar tempo de serviço"
Os sindicatos de professores saíram hoje satisfeitos de uma reunião com o presidente do PSD, considerando que o partido está "a estudar uma forma de recuperar o tempo de serviço" congelado de forma faseada.
A conclusão foi transmitida aos jornalistas pelo secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, no final de uma reunião da sede nacional do PSD com as nove organizações de professores e educadores que integram a plataforma sindical formada no ano passado.
Na reunião, as estruturas reafirmaram que "os professores não vão abrir mão dos seis anos, seis meses e 23 dias" de tempo de serviço e que só quando esta questão for resolvida poderá haver paz nas escolas".
"O presidente do PSD não quis hoje -- e compreendemos -- nesta primeira reunião dizer já exatamente qual vai ser a posição do PSD, está a dedicar uma semana a questões da educação e pretende no final da semana apresentar as suas propostas", afirmou Mário Nogueira, que manifestou "satisfação" pela importância dada ao tema pelo PSD
No entanto, disse que todos ficaram com "a sensação de que o PSD e o dr. Luís Montenegro manifestaram uma grande sensibilidade para o problema, uma grande compreensão para a necessidade de resolver um problema que cria grande instabilidade nas escolas".
O secretário-geral da Fenprof registou ainda "uma grande disponibilidade" para "soluções faseadas e modelos a discutir", dizendo que o presidente do PSD demonstrou ter "estudado profundamente" os modelos de recuperação do tempo de serviço na Madeira e nos Açores.
"Ficámos com a impressão de que o PSD está a estudar uma forma de poder recuperar este tempo de serviço dos professores", disse.
Mário Nogueira manifestou a expectativa que o PSD possa terminar esta semana dedicada à educação "não prometendo em vão, mas com dados concretos" e que este seja também um sinal para outros partidos, sobretudo o PS.
"Esperemos que isto ajude outros partidos -- nomeadamente o que governa - a perceber que não podem continuar a adiar o problema", disse, no final de uma reunião de quase três horas.