"Não admira a derrota que tiveram (PS) agora"
Cores e origens de eleitos 'aquecem' a Assembleia Municipal
O uso e alegado abuso da cor laranja em tapetes e sacos da Câmara Municipal do Funchal, e o local de nascimento de eleitos que não nasceram na Madeira 'aqueceu' os ânimos entre a oposição socialista e a maioria PSD na Assembleia Municipal do Funchal.
A ex-vereadora e actual deputada do PS, Madalena Nunes, criticou o uso excessivo e "intencional" da cor laranja desde a comunicação até as acções da Câmara Municipal do Funchal, apontando os exemplos que vão das carpetes utilizadas em evento no Largo do Município até a cor dos sacos usados no recente processo eleitoral.
Na resposta, Pedro Calado desvalorizou o 'colorido' por entender que "é uma questão de gosto", respondeu.
O facto de Madalena Nunes não ser natural da Madeira, facto que foi referenciado por mais de uma vez, também ajudou a inflamar os ânimos.
Quem não gostou da insistência foi Gabriel Oliveira, do PS, que pediu a palavra para questionar Pedro Calado "vossa excelência onde é que nasceu?". O próprio encarregou-se de responder. "Não nasceu na Madeira. Nasceu nos Anjos, em Lisboa", apontou, perante o burburinho geral na sala.
Tiago Freitas, presidente da Junta de Freguesia de São Gonçalo (PSD/CDS), agastado com a pouca produção dos trabalhos após quase duas horas de sessão, entrou em defesa da maioria, para criticar o tempo perdido com questões acessórias suscitadas pelos socialistas: "Não admira a derrota que tiveram agora e não admira que daqui a dois anos terão uma derrota ainda maior", avisa.