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Regionais 2023 Madeira

Mónica Freitas e Marco Gonçalves garantem toda a legitimidade do acordo

Candidata eleita acredita que a contestação interna não abala "a confiança do eleitorado no PAN”

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Miguel Espada/Aspress 

A delegação do PAN foi assegurar, ao Representante da República que está assinado um acordo com PSD/CDS de incidência parlamentar que garante a estabilidade do governo.

Mónica Freitas deixou claro que o PAN vai analisar diversos projectos, como a estrada das Ginjas e o teleférico do Curral das Freiras.

Sobre as afirmações de Joaquim Sousa, assegura que tem toda a legitimidade, enquanto deputada eleita e membro da comissão política e que todo o processo de acordo com o PSD foi claro e transparente.

Joaquim José Sousa diz que acordo PSD/PAN é "ilegal"

Joaquim Sousa apresentou-se no Palácio de S. Lourenço na qualidade de porta-voz do PAN.

Sobre a polémica em torno da legitimidade para a candidata eleita assinar um acordo à revelia do porta-voz do PAN Madeira, Joaquim Sousa, Mónica Freitas garante que a razão está do seu lado. “As pessoas que estão cá hoje são todos elementos da comissão política regional, portanto fazem parte da estrutura aqui ao nível regional, eu sou a deputada eleita e, portanto, o acordo foi assinado com toda a legitimidade das pessoas que tinham esse poder para o fazer”, declarou Mónica Freitas, à saída da reunião com o representante da República, Ireneu Barreto.

Admite, porém, que Joaquim Sousa continua ainda a ser o porta-voz regional. “Isso são questões a nível interno que estão a ser tratadas há já algum tempo e que é uma situação que está em período de transição e muito em breve será resolvida”.

Questionada pelos jornalistas sobre se informou o porta-voz do PAN sobre a negociação do acordo, respondeu não, nem tinha de o fazer. “Não teria de ser informado até porque o próprio afastou-se do partido e das questões do partido já desde antes da campanha eleitoral, no âmbito da substituição do cabeça-de-lista e, portanto, foi por opção do próprio esse afastamento”.

Se uma pessoa está afastada nestas questões há que reinar o bom-senso e é normal que depois não seja convocada a falar sobre issos" Mónia Freitas, cabeça-de-lista do PAN Madeira

Marco Goncalves, mandatário do PAN, lembrou, por seu turno, que o processo de substituição de Joaquim Sousa foi considerado legal pelo Tribunal Administrativo.

Sobre a contestação interna, a candidata eleita deputada não crê que tal possa abalar a credibilidade e a confiança dos mais de 3.046 votantes no partido.

Alguns comissários políticos nacionais PAN apreensivos com acordo

No âmbito do acordo partidário de incidência parlamentar de suporte ao Governo Regional da Madeira PSD/CDS com o PAN, alguns comissários políticos nacionais do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) manifestam "a sua apreensão relativamente ao real benefício de tal acordo para os madeirenses, portosantenses e para o partido".

Nós não sentimos que isso de nenhuma forma fez com que houvesse qualquer alteração da confiança do eleitorado no PAN" Mónica Freitas

O acordo assinado com a coligação PSD/CDS será ratificado pela estrutura nacional, liderada por Inês Sousa Real.

Marco Gonçalves esclareceu que está sobre a mesa um documento de incidência parlamentar, tendo a deputada eleita competência para "este tipo de acordo".

Acrescenta que a chamada do PAN à mesa das negociações com o PSD/CDS resulta da vontade expressa dos madeirenses no sufrágio do último domingo, sendo que o acordo não foi tomado de forma alheia aos órgãos nacionais. 

Nós estamos a seguir todos os procedimentos formais, válidos e legítimos para garantir a estabilidade parlamentar" Marco Gonçalves, mandatário do PAN

Sobre a comissão política regional do PAN, convocada para mais logo à tarde por Joaquim Sousa, ex-cabeça-de-lista e actual porta-voz do PAN Madeira - para abordar a situação organizacional do partido na Região e as eleições legislativas - o advogado sublinha que o acordo tem de ser ratificado na estrutura nacional do PAN e não regional.

"Nós não somos uma comissão de estudantes"

Marco Gonçalves diz estar bem ciente do poder do partido e as consequências para a Região, aproveitando a ocasião para responder a algumas críticas sobre a inexperiência e juventude dos representantes do PAN Madeira: “Nós não somos uma comissão de estudantes”.

Sobre as acusações de que o PAN se vendeu, deixa bem claro que o que aconteceu foi que "compraram" o programa do PAN que tem a possibilidade de ser aplicado.