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Regionais 2023 Madeira

Líder do MPT afasta-se por não ter conseguido eleger deputados

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Foto ASPRESS

O líder e cabeça de lista do Movimento Partido da Terra (MPT) às eleições regionais na Madeira, Válter Rodrigues, disse hoje que se vai afastar da liderança, depois de não ter conseguido eleger dois deputados no domingo.

"Não conseguimos [eleger dois deputados] e vamos fazer eleições internas e ver se há algum projeto viável porque somos um grupo e não é só o Válter Rodrigues", afirmou à agência Lusa.

O candidato "estava à espera de muitos mais votos", depois de ter ressuscitado o partido e de se ter estreado nas eleições de 2019.

Ainda assim, conseguiu 696 votos (0,51%), acima das eleições regionais de 2019, em que se ficou pelos 507 (0,36%).

Questionado pela Lusa, Válter Rodrigues confirmou que se vai afastar da liderança do partido, sem, contudo, afastar a hipótese de concorrer às próximas eleições e ser reeleito.

"Vou demitir-me, porque é importante que haja outras pessoas e alguém que se chegue à frente, o que não quer dizer que não seja reeleito", afirmou.

Questionado sobre os resultados das eleições de domingo, Válter Rodrigues disse esperar que haja um "governo mais dedicado à população e menos às loucuras" nesta nova legislatura, depois de a coligação PSD/CDS-PP, liderada por Miguel Albuquerque, ter vencido as eleições sem maioria absoluta.

"Se os partidos fizerem acordos para resolverem certos problemas que temos na região, pensamos que vamos ter uma região mais enriquecida", sublinhou, esperando que as negociações pós-eleitorais sejam "para as pessoas e não para megalomanias".

A coligação formada por PSD e CDS-PP venceu no domingo as eleições legislativas regionais da Madeira, com 43,13% dos votos, mas sem conseguir obter maioria absoluta, elegendo 23 dos 47 deputados.

De acordo com resultados oficiais provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PS elegeu 11 deputados, o JPP cinco e o Chega quatro, enquanto a CDU (PCP/PEV), o BE, o PAN e a IL elegeram um deputado cada.

O Chega e a IL vão assim estrear-se na Assembleia Legislativa da Madeira, enquanto PAN e BE regressam ao parlamento.

Apresentaram-se a votos PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL.

Há quatro anos, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.