Chega quer "pôr o dinheiro no bolso dos madeirenses"
O partido Chega afirma que quer "por o dinheiro nos bolsos dos madeirenses", até porque considera que a situação financeira é um dos temas que merece maior atenção por parte do parlamento madeirense. No rescaldo da noite eleitoral, que levou à eleição de quatro deputados por parte do Chega, o partido já discute a estratégia para o ciclo político que se aproxima.
“É difícil imaginar uma prioridade mais premente para o novo ciclo político que não seja a questão económica, pois a realidade é que os madeirenses estão cada vez mais pobres e sentem dificuldades cada vez mais profundas para pagar a casa, comprar o básico e dar uma vida digna aos seus filhos. Aliás, as pessoas não pedem luxos, nem uma vida de excessos, mas apenas que sejam capazes de assegurar o básico, e a sua dignidade humana que é algo que está a falhar em toda a linha, pois o PSD insiste em focar a sua governação nos ricos e nos amigos do regime, jogando para trás o cidadão comum", considera Miguel Castro, deputado eleito e presidente do Chega Madeira.
O líder do partido aponta três soluções para a situação financeira. Desde logo, diz ser necessário "uma redução fiscal, que inclua explorar ao máximo o diferencial fiscal que é permitido por lei". "Para nós, o essencial é por o dinheiro nos bolsos das pessoas e não nos cofres do governo, pois o PSD é despesista, irresponsável e só usa o dinheiro dos impostos de quem trabalha para luxos e obras desnecessários, pois o parque de infraestruturas da Região está mais do que completo. Nós somos diferentes e queremos que as pessoas façam a gestão do seu próprio dinheiro e, assim, ponham a economia a mexer", explica.
Por outro lado, pretende o aumento dos salários, "pois as pessoas não podem trabalhar de sol a sol para receber salários de miséria, que apenas as empurram, ainda mais, para o fundo do poço. Pelo contrário, quem trabalha, tem de ter uma vida digna, que não é nada do que se está a passar neste momento".
“Por fim, temos que eliminar a muita subsidiodependência que prolifera, especialmente daquelas pessoas que podem trabalhar, mas preferem ficar em casa, a viver à custa de quem se sacrifica. Isto tem de acabar, pois quem vive à custa do Estado apenas aumenta o peso fiscal sobre as famílias e os trabalhadores, sem nada de bom ou de novo trazer a uma sociedade que precisa urgentemente de dinamismo e energia", termina.