ADN desiludido com resultado "aquém das expectativas"
No entanto, Miguel Pita destaca que a maioria absoluta não ser alcançada "era um dos objectivos" do partido
Com 617 votos (0,46%) a Alternativa Democrática Nacional (ADN) foi o partido que recebeu a menor preferência por parte do eleitorado madeirense.
O cabeça de lista, Miguel Pita, assumiu a sua desilusão face a este "resultado aquém das expectativas".
Foi a primeira vez que o ADN concorreu às Eleições Legislativas Regionais e foi um resultado muito aquém das nossas perspectivas. É frustrante e penso que tem muito a ver com a nossa ideologia, porque tocar em assuntos que as pessoas não gostam ou não querem ouvir, não é fácil. Fomos sempre considerados um negacionistas, uns chalupas e uns chafrados, porque tudo aquilo que falamos e alertamos as pessoas não levam a sério. Fomos o partido que tocamos nos assuntos mais desconfortáveis que haviam e é claro que isso custa votos Miguel Pita, cabeça de lista do ADN
No entanto, apesar de não ter sido atingida a meta de eleger um deputado para o parlamento madeirense, o Miguel Pita destaca o facto de a maioria absoluta não ter sido atingida como "um objectivo cumprido".
A maioria absoluta não ser alcançado era um dos objectivos, mas claro que haverá sempre um partido que irá dar a mão. Se não for o CHEGA, será a Iniciativa Liberal, seguramente. Mas, creio que vai ser o CHEGA, porque o Nuno Morna tem uma espinha dorsal, coisa que o outro partido não tem Miguel Pita, cabeça de lista do ADN
Quanto ao futuro, o cabeça de lista descarta continuar à frente do partido. "Agradeço imenso a confiança que o Bruno Fialho teve em mim, mas é lógico que este resultado não me dá perspectivas de tentar novamente. Terá de ser outra pessoa a fazê-lo e não eu", afirmou, sublinhando que vai continuar no partido.
A terminar, Miguel Pita fez questão de deixar um especial agradecimento a todos os jornalistas que fizeram a cobertura tanto da campanha quanto da noite eleitoral. "As pessoas não falam dos jornaslistas que trabalharam imenso. É uma classe profissional que ninguém se preocupou em abordar. Falamos da Saúde, das Finanças, Educação e de tantos outros sectores, mas nunca do Jornalismo. E há uma grande lacuna, porque os jornalistas ficam sempre a perder nisto e porque seguramente não são os profissionais mais felizes e mais bem pagos que existem", concluiu.