Sérgio Gonçalves pede voto "sem medo" no PS-Madeira
Socialistas encerraram campanha eleitoral no Parque de Santa Catarina
O PS-Madeira 'reservou' o Parque de Santa Catarina para dar por concluída a campanha eleitoral. No comício de encerramento da campanha socialista, Sérgio Gonçalves voltou a atacar Miguel Albuquerque e não esqueceu os diversos episódios que ocorreram nesta recta final antes da ida às urnas, desde logo a "cópia" nos cartazes.
"Demonstra três coisas: que não estava tudo bem e existiam problemas, que não tiveram capacidade para resolver esses problemas e que assumem que quem tem soluções e resposta para os problemas concretos dos madeirenses é o PS", afirmou o socialista, mostrando-se convicto de que os madeirenses saberão distinguir o original da cópia.
Uma das mais difíceis campanhas para um cabeça-de-lista do PS-Madeira
Sérgio Gonçalves teve a missão de protagonizar uma das mais difíceis campanhas de um cabeça-de-lista do PS, numas eleições regionais, não do ponto de vista dos meios disponíveis, nem do antagonismo nas ruas, mas decorrente dos resultados obtidos nas últimas eleições regionais.
O cabeça-de-lista do PS-Madeira denunciou igualmente o alegado clima de medo que o PSD e o Governo Regional tentam incutir nos madeirenses para tentar impedir que votem no PS, dando o exemplo do pagamento do subsídio Covid no último dia de campanha eleitoral, quando a pandemia foi em 2020 e 2021. Por outro lado, censurou o medo incutido nos idosos, dizendo que se o PS governar vão deixar de receber a sua pensão.
Os contactos feitos em castelhano para as comunidades lusodescendentes apelando ao voto no PSD, e as mensagens enviadas aos estudantes universitários, oferecendo o pagamento das viagens para virem votar, foram outros casos denunciados por Sérgio Gonçalves, que não esqueceu ainda o facto de, no dia em que é obrigatório retirar os cartazes de campanha, o PSD cobriu os seus com uma lona transparente, mantendo a mensagem visível. E elogiou ainda a coragem dos bombeiros da Ribeira Brava, que esta semana denunciaram a tentativa de suborno do PSD para participarem numa ação de propaganda do Governo.
Não tentem fazer os madeirenses de parvos No domingo, vamos votar sem medo, vamos escolher o PS, porque o voto no PS é o voto que muda a Madeira. Vamos todos juntos fazer história! Vamos mudar a Madeira no dia 24. Sérgio Gonçalves
Ao lado de Paulo Cafôfo, o actual líder do PS-Madeira salientou igualmente o desejo expresso de concretizar a alternância governativa, porque entende existir um Governo Regional "moribundo, que não tem as respostas que os madeirenses precisam".
Efusivamente aplaudido, Sérgio Gonçalves disse que a Madeira precisa de um governo que não finja apenas governar em vésperas de eleições. "Precisamos de um governo que governe todos os dias para todos, com soluções concretas, e queremos uma Madeira melhor, uma Madeira de oportunidades", expressou.
O candidato socialista às Eleições Regionais de domingo lembrou os mais de 17 mil madeirenses que foram obrigados a deixar a sua terra na última década por falta de oportunidades. Garantiu que irá alterar esta realidade e que "quem tem de emigrar agora é Miguel Albuquerque, é o PSD, é o seu governo". O presidente do PS recuperou, por isso, as declarações de Miguel Albuquerque de que se demite se não tiver maioria absoluta. "No próximo dia 24 de setembro, vamos fazer a vontade a Miguel Albuquerque e vamos votar no PS", desafiou.
Quanto à lista de promessas, Sérgio Gonçalves comprometeu-se em baixar o IVA e o IRS para aumentar os rendimentos dos madeirenses, de repor o subsídio de insularidade de 2% para todos os funcionários públicos, aumentar o complemento regional para idosos para 100 euros, promover a habitação cooperativa e celebrar contratos-programa com todas as autarquias para construir habitação a custos controlados.
Tendo 150 milhões de euros disponíveis, nós vamos construir mais 800 ou 900 casas. Enquanto houver um madeirense a precisar de habitação, nós não iremos investir esse dinheiro a prolongar a Pontinha. Sérgio Gonçalves
Deu também conta que o seu Governo irá implementar tempos máximos de resposta para resolver o problema das listas de espera na saúde, irá reabrir as urgências de Santana e Porto Moniz 24 horas por dia, irá implementar a escolaridade obrigatória gratuita, apoiar a Universidade da Madeira em três milhões de euros por ano, irá atribuir um apoio de até 200 euros aos estudantes universitários deslocados para fazerem face aos custos do alojamento e irá criar um polo universitário dedicado ao turismo no Porto Santo.
No sector primário, irá valorizar os rendimentos dos agricultores, aumentando em 25 cêntimos o preço por quilo de banana pago aos produtores e aumentar os apoios para a renovação da frota de espada. Garantiu ainda que, que no dia em que o PS for governo, vai lançar um concurso público internacional para que a ligação ferry ao continente seja uma realidade.