“Acabar com a corrupção”
É o slogan do Chega com vista às próximas eleições na RAM propondo-se conseguir aquilo que jamais foi conseguido em lado algum nem sequer na ditadura comunista da R.P. da China onde a “corrupção” é passível de condenação à pena de morte. Em regimes ditatoriais ou autocráticos não é possível combater a corrupção de forma legal e transparente, quanto mais acabar com ela. Não deixa de ser curioso que tal seja proposto pelo partido cujo líder André Ventura (AV) se propunha realizar em Portugal um congresso com a presença de vários políticos autocráticos, extremistas, xenófobos, racistas e corruptos da cena política mundial, entre eles Viktor Orban apoiante de Putin e da invasão da Ucrânia cujas ideias de caráter nazi são conhecidas, bem como Jair Bolsonaro (JB) que procurou por meios ilícitos, corruptos e anti-constitucionais reverter a seu favor a sua derrota eleitoral, seguindo o exemplo de Donald Trump (DT) admirador confesso do ditador comunista da Coreia do Norte Kim Jong-un e “amigo” de Putin, que perante a sua derrota eleitoral instigou a invasão do Capitólio a sede da democracia nos EUA, afirmando que esse vil atentado contra a democracia foi “um dia lindo”. Esta estirpe de políticos sempre prontos a subverter a legalidade e os direitos democráticos, que não hesitam em recorrer a práticas corruptas e violentas para atingir os seus objetivos são os mentores de AV e servem-lhe de exemplo. Não se acaba com corrupção combate-se a corrupção e essa luta é de todos os verdadeiros democratas no respeito pela Lei e pela independência dos órgãos judiciais e de investigação algo que raramente acontece nas ditaduras e nas autocracias onde o “combate” à corrupção é na maioria das vezes um artifício para justificar a prisão e/ou eliminação dos adversários políticos de quem governa e manipula o sistema judicial. Só com respeito pela liberdade, os direitos e a legalidade democráticas é que pode haver um combate efetivo e transparente contra a corrupção.
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