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Regionais 2023 País

BE apela ao voto dos "socialistas desalentados" e promete "oposição contundente"

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O cabeça de lista do BE às legislativas da Madeira, Roberto Almada, apelou hoje ao voto dos "socialistas desalentados" e garantiu que se for eleito ao parlamento regional fará uma "oposição contundente" ao Governo PSD/CDS-PP de Miguel Albuquerque.

"O Bloco de Esquerda é um partido da esquerda socialista e, portanto, achamos que muitos dos socialistas que hoje estão desalentados, que estão tristes, podem e devem apostar nesta força de esquerda socialista, que, no parlamento, fará a oposição contundente a Miguel Albuquerque e fará com que Miguel Albuquerque olhe para as necessidades dos madeirenses da forma que merecem ser olhadas", afirmou.

Roberto Almada falava no âmbito da campanha para as eleições regionais de domingo, na zona das Virtudes, no Funchal, numa iniciativa de contacto com a população e distribuição de panfletos, que contou com a presença da ex-coordenadora do partido Catarina Martins.

O cabeça de lista acusou Miguel Albuquerque, que é líder do PSD e do executivo madeirense desde 2015 e agora se candidata a um terceiro mandato à frente da coligação PSD/CDS-PP, de não ter conseguido combater a pobreza, a exclusão social, o drama da toxicodependência, entre "tantos problemas que os madeirenses têm".

"Os madeirenses precisam, efetivamente, de alguém que no parlamento obrigue este Governo a trabalhar e esse alguém será certamente o Bloco de Esquerda", afirmou.

Roberto Almada, que é técnico superior de Educação Social, sublinhou que, no decurso da campanha, ficou patente que o BE faz falta no parlamento regional, onde deixou de estar representado desde as eleições de 2019.

"Nos últimos quatro anos não existiu uma voz contundente e uma oposição insubmissa ao Governo de Miguel Albuquerque. E cá esta ela. E as pessoas sabem que o Bloco de Esquerda é essa oposição, já nos conhecem, já sabem que nós somos essa oposição insubmissa e que não deixaremos de fazer oposição a Miguel Albuquerque, fiscalizando os atos do seu governo", assegurou.

O cabeça de lista do BE às eleições de domingo ocupou o lugar de deputado em 2008 para substituir o histórico líder da UDP/Madeira Paulo Martins - eleito pelo Bloco nas regionais de 2004 e de 2007 e obrigado a abandonar a vida política por motivos de saúde.

O técnico superior de Educação Social voltou a ocupar um lugar no hemiciclo na legislatura 2015-2019, quando o BE reforçou a sua posição e elegeu dois representantes.

Às legislativas da Madeira concorrem 13 candidaturas, que disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.