CHEGA promete "trabalho de rua muito exaustivo" se entrar no parlamento
O cabeça de lista do CHEGA às regionais da Madeira, Miguel Castro, disse hoje entender a política como um "serviço público", prometendo que, se for eleito no domingo, fará "um trabalho de rua muito exaustivo" para ouvir a população.
"A governação é um serviço público de serviço aos cidadãos, os governantes não servem só para ter poder institucional e para se passearem em carros de luxo e estarem completamente afastados dos cidadãos e só se lembrarem dos cidadãos na altura das eleições", afirmou Miguel Castro, em declarações à Lusa, no final de uma visita à Sociedade Protetora dos Animais Domésticos (SPAD), no Funchal.
Insistindo que "a política é um serviço público", o candidato do Chega assegurou que, se o partido entrar para o parlamento madeirense, o trabalho será feito "mais junto às populações do que propriamente dentro da assembleia.
"A assembleia será o palco para propormos aquilo que tivermos a propor em prol dos cidadãos, mas garanto-lhe que vamos ter um trabalho de rua muito exaustivo porque precisamos de auscultar a população durante todo o mandato e não só nas vésperas das eleições", assegurou.
Relativamente à visita que fez ao final da manhã à SPAD, Miguel Castro, que disse ter dois gatos e uma cadela -- o Óscar, a Kitty e a Tosca -, explicou que a intenção foi conhecer melhor a associação e "ver e sentir de perto os animais".
"A causa animal não é transversal a um partido só", sustentou, referindo-se ao PAN, que também concorre às eleições legislativas da Madeira.
O Chega, acrescentou o candidato, também defende que os animais têm de ser tratados "com dignidade".
Nas anteriores eleições regionais, em 2019, o Chega reuniu apenas 619 votos (0,44%).
Miguel Castro, empresário no setor da restauração e atividades turísticas, foi há dois anos o cabeça de lista à presidência da Câmara Municipal do Funchal, num ato eleitoral em que o Chega foi o quarto mais votado.
Foi eleito líder regional desta força política em março de 2022.
Nas legislativas da Madeira há 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.