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Madeira

Homem acusado de maltratar namoradas julgado à porta fechada e com reforço policial

Foto Agostinho Spínola/Arquivo DIÁRIO
Foto Agostinho Spínola/Arquivo DIÁRIO

O julgamento de um homem de 31 anos que é acusado pelo Ministério Público de humilhar, perseguir, ameaçar e agredir duas namoradas vai decorrer à porta fechada, devido ao carácter íntimo do caso. Isso mesmo foi determinado, esta manhã, no tribunal do Funchal (Edifício 2000), pela juíza Carla Meneses, que preside ao colectivo que começou agora a julgar o processo.

Ao tribunal acorreram alguns familiares e amigos do arguido J. Silva, que tiveram de abandonar a sala de audiências. À entrada, também não passou despercebida a presença de um número significativo de agentes da PSP, chamado para garantir a segurança.

De acordo com a acusação, o arguido J. Silva assumiu alegadamente um comportamento agressivo nos relacionamentos que manteve com duas jovens madeirenses. Apodava as raparigas com expressões ofensivas, acedia aos respectivos telemóveis para controlar as mensagens, as chamadas e as publicações nas redes sociais, reprovava convívios com outras pessoas, agredia-as com estalos e socos na cara e noutras partes do corpo e dava-lhes empurrões e pontapés. Fazia ameaças, até de morte. Também ameaçou e divulgou vídeos íntimos gravados sem autorização das jovens. Algumas das ameaças por telemóvel terão supostamente sido feitas a partir da cadeia da Cancela, onde cumpria pena por crimes anteriores, antes de ter mudado para prisão domiciliária, medida coactiva que presentemente lhe está aplicada.

Neste julgamento responde pela prática de dois crimes de violência doméstica e por um crime de ameaça agravada.

No seu registo criminal já se encontram averbadas quatro condenações pela prática do crime de ofensa à integridade física e o mesmo já cumpriu pena efectiva de prisão.