Venezuela conclui "com sucesso" operação em prisão contra grupos criminosos
As autoridades venezuelanas confirmaram hoje que mais de 11.000 funcionários das forças de segurança concluíram com sucesso uma operação de combate a grupos criminosos que atuavam na Penitenciaria de Tocorón, no Estado de Arágua.
"O Governo Bolivariano informa a população que a Operação Liberação Cacique Guaicaipuro, na sua 1ª fase, cumpriu com sucesso o desmantelamento de um centro de conspiração e crime contra a população venezuelana, graças ao trabalho articulado entre os órgãos de segurança cidadã e a Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela (FANB)", explica-se num comunicado.
No documento, divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores e Justiça, explica-se que a operação, que decorreu na quarta-feira, teve como propósito "a imediata restituição da ordem e o absoluto controlo" de Tocorón, cárcere "que passará a um processo de reestruturação e será desalojado por completo".
"É de salientar que, durante a eficaz operação, foi desmantelado um centro de conspiração e de crime, utilizado por uma rede criminosa internacional contra a população venezuelana", sublinha o comunicado.
Entretanto, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, felicitou as forças de segurança pelo sucesso da operação e anunciou que a mesma passará a uma segunda fase, que tem como propósito libertar o país de grupos criminosos.
"Felicito os mais de 11.000 oficiais das FANB e das forças policiais pela intervenção bem-sucedida no Centro Penitenciário de Tocorón. Estamos agora a preparar a segunda fase da Operação Libertação Cacique Guaicaipuro. Vamos avançar para uma Venezuela livre de grupos criminosos!" escreveu Nicolás Maduro na sua conta da rede social X (antigo Twitter).
Segundo a imprensa venezuelana, desde há vários anos, que várias organizações locais têm denunciado que desde a prisão de Tocorón operava o grupo criminoso "El Tren de Arágua" com tentáculos em vários países.
Ainda segundo a imprensa local, o líder do grupo, Héctor Rusthenford Guerrero, alias Niño Guerrero, estava detido naquele cárcere.
O grupo "El Tren de Arágua" tem sido relacionado com crimes de sequestro, homicídio por encomenda, venda de drogas e tráfico de armas em pessoas em vários países da América Latina, entre eles o Peru, Chile, a Colômbia e o Brasil.
Em várias oportunidades, o Observatório Venezuelano de Prisões alertou as autoridades de que grupos de presos políticos que se fazem chamar de "pranes" (presos assassinos natos) tentavam controlar várias prisões do país.