Foram hoje entregues, pela Câmara Municipal do Funchal (CMF), 135 cartões no valor unitários de 150 euros destinados a famílias carenciadas para a aquisição, numa superfície comercial alimentar, de bens de primeira necessidade.

Durante a cerimónia de entrega dos cartões, que decorreu no Salão Nobre, o presidente da autarquia, Pedro Calado esclareceu que o investimento de 20.500 euros resulta "dos juros de uma aplicação financeira de 8 milhões de euros, verba esta destinada ao pagamento de obras diversas na cidade, com o objectivo de melhorar a qualidade de vida da população", refere uma nota enviada à comunicação social pela CMF.

Como as obras só viriam a ser pagas a meio do ano, a autarquia decidiu rentabilizar esse dinheiro, através de um depósito a prazo, por 90 dias, originando uma receita municipal extraordinária, que conforme foi prometido pelo actual executivo seria para apoio social a famílias carenciadas. "Isto é o resultado de uma boa gestão, que a anterior vereação não estava habituada e, por isso, começou logo a criticar esta medida, evocando movimentos especulativos”, lamentou o autarca, alertando que “há muitas mentiras que se vão dizendo aí fora, como por exemplo as que disseram quando fomos candidatos à Câmara do Funchal, em 2021, que iriamos acabar com os apoios sociais. Mas, nós já aumentamos em 50% os apoios sociais”, frisou.

Pedro Calado referiu que o executivo municipal está "empenhado em arranjar soluções para ajudar mais pessoas e mais famílias", até porque, conforme sublinhou, “hoje somos todos necessitados dados os impactos da actual conjuntura económica, devido à inflação, que têm tido reflexo, nomeadamente no agravamento das taxas de juro no crédito à habitação”.

Nesse âmbito, prometeu reforçar o apoio no futuro, passando dos actuais 20 mil euros para 40 mil euros. “Abriu-se uma grande porta, em tempo record, e vamos continuar a trabalhar com outras empresas para ajudar mais pessoas”, garantiu.

Por sua vez, a vereadora com o pelouro da Área Social, Helena Leal, revelou que foi criado um Gabinete de Apoio Social para receber as pessoas de forma "mais próxima, mais cuidada e mais personalizada". Um atendimento que, conforme referiu, vai além da parte técnica, que tem a ver com a sensibilidade de cada um para acudir às necessidades que a população do Funchal evidencia.

Nesse sentido, agradeceu todo o empenho e trabalho dos serviços sociais da Câmara no acompanhamento de quem mais precisa, garantindo que “a autarquia estará sempre disponível para receber e ouvir os munícipes, porque os apoios são traçados de acordo com as necessidades que as pessoas vão fazendo chegar”.