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Regionais 2023 Madeira

MPT diz que renovar maioria absoluta é "um erro"

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O cabeça de lista do Movimento Partido da Terra (MPT) às eleições na Madeira, Válter Rodrigues, defendeu hoje que uma nova maioria absoluta na região é "um erro" e declarou que pretende abrir a porta do parlamento às pessoas.

"Dizemos que uma maioria absoluta é um erro. Temos de evitar isso a todo o custo", disse o candidato no Funchal, numa iniciativa do 11.º dia de campanha eleitoral, que termina na sexta-feira.

As eleições regionais na Madeira realizam-se no próximo domingo.

O empresário destacou que a candidatura dedicou a ação de campanha de hoje ao contacto com a população no Mercado dos Lavradores, um dos principais pontos turísticos da cidade, onde disse ter ouvido queixas, sobretudo de pessoas "que descontaram a vida toda para receberem pensões de reforma só de 300 e poucos euros".

Válter Rodrigues acrescentou que houve outras que reclamaram porque "só ganham o ordenado mínimo e não conseguem levantar a cabeça" porque "só pagam contas", enquanto os que auferem do rendimento mínimo "recebem outros apoios"

"O MPT está aqui para abrir a Assembleia Regional à população. A população é que importa, não são os grupos económicos", afirmou.

Para o candidato, "se as pessoas receberem um bom ordenado, vão conseguir alugar a sua casa, comprar uma casa, levantar cabeça e gozar uma semana de férias, que é isto que precisam".

Válter Rodrigues acrescentou que com "os idosos também é igual", com uma boa reforma, iriam conseguir "pagar a conta pesada que têm dos medicamentos" e começar a "usufruir de qualidade de vida".

"É isto que pedimos a gente: tenham objetivos", vincou.

Entre 2007 e 2015, o MPT esteve representado na Assembleia Legislativa Regional com um deputado, mas nos últimos dois atos eleitorais não conseguiu eleger.

Às legislativas da Madeira concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.