PS diz que existe uma "vontade crescente de mudança" na região
O cabeça de lista do PS às legislativas da Madeira, Sérgio Gonçalves, disse hoje que "existe uma vontade crescente de mudança" na região autónoma e vincou que "os madeirenses já não se deixam enganar" pelas "artimanhas" do Governo PSD/CDS-PP.
"Aquilo que nós sentimos nas ruas não corresponde aos resultados de qualquer sondagem. Nós sentimos vontade de mudar por parte dos madeirenses, sentimos queixas da população relativamente ao atual Governo", declarou.
Sérgio Gonçalves falava aos jornalistas durante uma ação de campanha no Bairro da Nazaré, o maior complexo de habitação social da Madeira, no Funchal, onde os candidatos socialistas contactaram com os residentes, ouviram queixas e distribuíram panfletos.
"Nós precisamos dar prioridade à habitação e é por isso que, com um futuro Governo Regional liderado pelo PS, a prioridade do betão será sempre a habitação e nunca aumentar a Pontinha [porto do Funchal] ou qualquer outra obra desnecessária", garantiu o cabeça de lista.
A candidatura socialista promete também valorizar os rendimentos, reduzindo o IRS e o IVA, pois, segundo disse Sérgio Gonçalves, isso corresponde ao que os madeirenses lhe pedem na rua, provando que "existe uma vontade crescente de mudança".
O também deputado regional e líder do PS/Madeira alertou, por outro lado, para a necessidade de "acabar com o receio de mudança", que considera ser, muitas das vezes, "incutido pelo próprio PSD, pelo Governo, que não se poupa às mesmas artimanhas, aos mesmos truques de sempre".
Como exemplo, apontou o anúncio feito pelo executivo de que vai pagar o "subsídio covid-19" aos profissionais de saúde na sexta-feira, último dia da campanha eleitoral, e promover uma vinculação extraordinária de professores este ano.
"Não há coincidências. Os madeirenses já não se deixam enganar, têm vontade de mudar e, acima de tudo, não têm medo de mudar e não têm medo de votar diferente", disse, para depois reforçar: "É tempo de a Madeira e de os madeirenses terem um Governo que governe todos os dias e não apenas em vésperas de eleições".
As legislativas da Madeira decorrem no domingo com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados).
O PS, cuja lista era encabeçada por Paulo Cafôfo, atual secretário de Estado das Comunidades, conseguiu o seu melhor resultado de sempre ao obter 19 assentos.
Nesse ato eleitoral, o JPP elegeu três deputados e a CDU um.