O candidato pelo PS apelou, hoje, a que os madeirenses vão votar no domingo, "sem medo", por uma mudança na Região. Sérgio Gonçalves participou numa iniciativa de campanha no centro do Funchal, aproveitando para dirigir-se à população em geral e, particularmente, aos funcionários públicos e aos idosos, "aos quais é incutido um clima de medo por parte do PSD".

“Muitas das vezes tenta-se confundir quem é funcionário público com quem é funcionário ao serviço do PSD”, afirmou, acrescentando que “as pessoas têm medo de represálias” e que “é necessário acabar com este clima de medo” e valorizar estes profissionais. "Com uma mudança de Governo, não haverá represálias para ninguém, todos serão livres de expressar a sua opinião e terão também melhores condições de remuneração”, disse o candidato, explicando que o PS se compromete a repor o subsídio de insularidade de 2% para todos os funcionários públicos.

Sérgio Gonçalves fez questão de esclarecer que, com esta medida, um técnico superior passará a receber sensivelmente o dobro de subsídio de insularidade do que recebe actualmente. “Este é um direito que todos os funcionários públicos da Região têm e que lhes foi retirado precisamente devido à irresponsabilidade governativa do PSD, que nos deixou uma dívida de mais de 6 mil milhões de euros de herança”, expressou.

Além disso, numa mensagem dirigida aos idosos, esclareceu que o voto no PS não os deixa sem pensão: "Ontem encontrei um senhor em São Vicente que me dizia que há muitos anos que vota no mesmo partido e que tem medo de votar diferente, porque lhe dizem que se outro partido estiver a governar fica sem a sua pensão”, exemplificou. Nesse sentido, disse que o PS pretende aumentar o complemento regional para idosos para os 100 euros mensais, para ajudar a dar uma vida mais digna às pessoas que auferem de pensões mais baixas.

O líder e candidato socialista às eleições do próximo domingo aproveitou também para sublinhar que o PS não recebe lições sobre Autonomia de ninguém, muito menos do PSD que nos governa há quase 50 anos e apenas a utiliza como arma de arremesso político. “Para nós, a Autonomia é um direito conquistado por todos os madeirenses, não é propriedade de nenhum governo, nem de nenhum partido”, afirmou, garantindo que, com o executivo do PS, “a Autonomia estará, de facto, ao serviço de todos”.

Nesta mesma acção de campanha, Sérgio Gonçalves assumiu que o partido é a favor da extinção do cargo de Representante da República e atacou o PSD por, na Madeira, defender a extinção do cargo, mas, quando chega a Lisboa, “cede ao PSD nacional e defende a substituição de um Representante por um Mandatário, deixando tudo como está”.

O líder do PS afirma que o  PSD tenta enganar os madeirenses e diz-se o grande defensor da Autonomia, mas não a utiliza para melhorar a vida das pessoas, recorrendo ao exemplo da não redução de impostos, que “é possível, está consagrada pela nossa Autonomia e não é uma realidade porque Miguel Albuquerque e o PSD não querem”.