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Madeira

Taxa de juro mais do que quadruplicou no último ano atingindo os 4,2% na Madeira

Aceder ao crédito à habitação na Região custava, em Agosto, mais 0,136 pontos percentuais do que do Continente

Comprar casa na Madeira está cada vez mais difícil para quem não tem capitais próprios.
Comprar casa na Madeira está cada vez mais difícil para quem não tem capitais próprios., foto ASPRESS

Em Agosto, a taxa subiu 0,196 pontos percentuais face ao mês anterior

Comprar casa está cada vez mais difícil para quem não tem capitais próprios. A taxa de juro implícita no crédito à habitação na Região Autónoma da Madeira (RAM) mais do que quadruplicou no último ano, fixando-se em Agosto nos 4,225%. São mais 0,136 pontos percentuais do que no Continente.

Segundo informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em Agosto de 2023, a taxa de juro implícita no crédito à habitação, na RAM, fixou-se em 4,225%, registando um acréscimo de 0,196 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior.

Se analisarmos a evolução no último ano, constatamos que em Agosto de 2022, a taxa de juro implícita no crédito à habitação era de apenas 0,961%. Conforme ilustra o gráfico, a taxa tem, vindo a subir vertiginosamente no espaço de um ano, atingindo um valor superior a quatro vezes mais.

O valor médio da prestação vencida para o conjunto dos contratos de crédito à habitação subiu 7 euros face ao mês anterior, para 389 euros, tendo os juros se fixado nos 218 euros (mais 10 euros que no mês anterior) e a amortização nos 171 euros (menos 3 euros que no mês precedente).

No mês homólogo de 2022, o valor médio da prestação vencida era de 280 euros, ou seja, mais 109 euros.

Por sua vez, o montante do capital médio em dívida para os contratos de crédito à habitação aumentou, situando-se, neste mês, nos 62.908 euros (62.888 euros em Julho de 2023). Um ano antes era de 60.935 euros.

A nível nacional, e no conjunto dos contratos de crédito à habitação, a taxa de juro implícita subiu para 4,089%, mais 0,211 p.p. que no mês anterior.

A prestação média vencida para a globalidade dos contratos aumentou para os 379 euros, tendo o valor do capital médio em dívida crescido para os 63.740 euros (63.555 euros no mês precedente).

No País, os juros subiram 12 euros face ao mês anterior, enquanto o capital amortizado caiu 3 euros.