Saiba o que hoje é notícia
O Debate da Assembleia-Geral das Nações Unidas começa hoje em Nova Iorque, com destaque para os discursos do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, do chefe de Estado norte-americano e do Presidente português.
Pela primeira vez, Zelensky discursará presencialmente na ONU, após ter participado virtualmente na Assembleia-Geral do ano passado, pouco mais de seis meses depois da invasão russa e deverá aproveitar a ocasião para pedir um maior apoio internacional face à invasão russa.
A Rússia, por sua vez, será representada pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, que deverá discursar na manhã de sábado.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, irá intervir também no primeiro dia de debate geral, sendo a sua 5.ª intervenção em representação de Portugal.
O Debate Geral da 78.ª Assembleia-Geral ocorre num momento em que o planeta é assolado por crises em várias frentes: conflitos globais como o da Ucrânia, os atrasos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a crise climática, além das questões nucleares.
Hoje, também é notícia:
DESPORTO
O FC Porto faz hoje a estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões de futebol, frente ao campeão ucraniano Shakhtar Donetsk, numa partida jogada em Hamburgo, devido à guerra na Ucrânia.
O FC Porto parte para a 26.ª presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, o mesmo número de presenças do Bayern Munique, no terceiro lugar do ranking, apenas atrás de FC Barcelona e Real Madrid, ambos com 27.
Para o encontro com os ucranianos, da primeira jornada do Grupo H, o treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, não vai poder contar com Iván Marcano, Danny Namaso e Evanilson, todos lesionados, e com Pepê, castigado.
Pela sexta vez no comando dos 'dragões' na Liga dos Campeões - falhou em 2019/20 -, Conceição vai tentar algo que nunca conseguiu, vencer o encontro inicial da fase de grupos, embora apenas tenha falhado a presença na fase a eliminar uma vez.
INTERNACIONAL
Ministros da Defesa e chefes militares de mais de 50 países, incluindo Portugal, estão hoje reunidos em Ramstein, na Alemanha, no 15º. encontro do Grupo para a Defesa da Ucrânia.
Na reunião, na qual serão esperados o secretário de Defesa, Lloyd Austin, e o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Mark Milley, serão abordadas novas formas de apoio militar à Ucrânia, que prossegue a sua contraofensiva contra as tropas invasoras russas, com recentes avanços na frente sul e no cerco à localidade de Bakhmut.
O encontro, que vai estrear a presença do novo ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, um dia após uma ampla remodelação no seu Ministério, ocorre no mesmo dia em começa a Assembleia Geral das Nações Unidas.
O chefe de Estado ucraniano, Volodomyr Zelensky, e do seu homólogo norte-americano, Joe Biden,têm um encontro previsto esta semana na Casa Branca, em Washington, quando o Congresso norte-americano discute um novo pacote de ajuda à Ucrânia de cerca de 22,5 mil milhões de euros.
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Os ministros da União Europeia (UE) responsáveis pela pasta dos Assuntos Europeus vão hoje discutir a proposta espanhola para alterar o regime linguístico comunitário a fim de incluir o catalão, basco e galego, debatendo ainda eventuais reformas institucionais.
Realizada em Bruxelas e presidida por Espanha, que ocupa agora a liderança do Conselho da UE, a reunião centra-se na proposta de Madrid sobre o reconhecimento do basco, catalão e galego pelas instituições europeias, como pedem os independentistas que têm o poder de viabilizar o novo governo do país, depois de o Partido Socialista espanhol ter apresentado formalmente o pedido do reconhecimento dos três idiomas como línguas comunitários em meados de agosto passado.
Da agenda dos ministros europeus -- na qual Portugal estará representado pelo secretário de Estado da tutela, Tiago Antunes -- constam ainda eventuais reformas institucionais, depois de na semana passada, durante o seu discurso sobre o Estado da União, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter defendido que a UE deve preparar-se rapidamente para um alargamento, sem esperar pela alteração dos tratados.
Von der Leyen anunciou ainda que Bruxelas vai começar a trabalhar numa série de revisões políticas pré-alargamento para ver como cada área pode ter de ser adaptada a uma UE maior.
PAÍS
O Governo dos Açores inicia hoje uma visita estatutária à ilha de São Jorge, onde vai inaugurar as obras de reabilitação do Centro de Saúde das Velas e de estabilização da zona costeira da Fajã das Pontas.
Segundo a agenda da visita, o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), liderado por José Manuel Bolieiro, começa por reunir-se com o presidente da Câmara Municipal de Velas, Luís Silveira (CDS-PP).
Ainda no primeiro dia da deslocação está prevista a inauguração da empreitada de estabilização da zona costeira da Fajã das Pontas, na Calheta, um investimento de cerca de 740 mil euros, mais IVA.
O primeiro dia da visita governamental termina com uma reunião com o Conselho de Ilha, que considera a construção do novo matadouro de São Jorge uma "necessidade urgente".
Segundo o Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, o Governo Regional tem de visitar cada uma das ilhas do arquipélago pelo menos uma vez por ano, com a obrigação de reunir o Conselho do Governo na ilha visitada.
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O Tribunal de Coimbra começa hoje a julgar um homem de 37 anos acusado de roubar e de violar de uma mulher de 81 anos, em fevereiro, numa localidade de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra.
O arguido, preso preventivamente, é acusado da prática de um crime de violação agravada e um crime de roubo.
Segundo a acusação, o homem, pedreiro de profissão, ter-se-á deslocado na madrugada de 21 de fevereiro à residência da vítima, que conhecia desde a sua infância, tendo conseguido entrar na habitação através de uma janela lateral.
Já no interior da casa, o arguido deslocou-se ao quarto da vítima, que se encontrava a dormir, e, alegadamente, violou-a, refere o Ministério Público.
Posteriormente, munido com um garfo, terá ameaçado a vítima que a mataria se não lhe desse todo o dinheiro que tinha na sua posse.
A vítima terá dado 30 euros que guardava num pequeno cofre, uma pequena bolsa de moedas e alguns objetos e valores.
O Ministério Público salienta que a mulher de 81 anos padece de "patologia depressiva e respiratória graves, hipertensão arterial, diabetes, dificuldades de visão e de audição", e tem "muito fraca mobilidade", apresentando um "nível reduzido de autonomia, circunstâncias do conhecimento do arguido".
POLÍTICA
O parlamento debate hoje uma moção de censura ao Governo apresentada pelo Chega, a terceira nesta legislatura, e que tem chumbo garantido devido ao voto contra da maioria absoluta do PS.
O líder do Chega, André Ventura, justificou esta iniciativa com a necessidade de derrubar "o pior Governo de sempre", apontando falhas na saúde, habitação, justiça ou na gestão do dossiê da TAP.
Já o presidente do PSD, Luís Montenegro, considerou a moção de censura uma "criancice e uma infantilidade", alegando que até vai aliviar momentaneamente o Governo "quando a maioria [do PS] se levantar para votar contra".
Esta é a terceira moção de censura que o XXIII Governo constitucional liderado por António Costa enfrenta desde que iniciou funções, em 30 de março de 2022, depois de ter vencido as eleições legislativas com maioria absoluta. O Chega e a Iniciativa Liberal apresentaram iniciativas deste tipo na última sessão legislativa.
SOCIEDADE
Os farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde voltam a fazer greve, desta vez de âmbito nacional depois das paralisações distritais de 05 e 12 deste mês, na tentativa de forçar um "processo negocial sério" com a tutela.
O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF) contesta o facto de o Ministério da Saúde se manter em silêncio, sem manifestar qualquer intenção de "iniciar um processo negocial sério".
O último pré-aviso de greve, entregue em julho, incluía paralisações nacionais (24 de julho e 19 de setembro) e distritais (05 e 12 de setembro).
Entre as reivindicações do SNF constam a atualização das grelhas salariais, a contagem integral do tempo de serviço no SNS para a promoção e progressão na carreira, a adequação do número de farmacêuticos às necessidades do serviço público e o reconhecimento por parte do Ministério da Saúde do título de especialista.