Regionais 2023 Madeira

Chega confiante na eleição de grupo com mais de três deputados

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Foto Aspress

O cabeça de lista do Chega às legislativas regionais da Madeira, Miguel Castro, disse hoje estar confiante na eleição de um grupo parlamentar de mais de três deputados no domingo.

"Temos vindo a crescer na opinião dos madeirenses e porto-santenses, temos cada vez mais sido contactados, as pessoas aproximam-se, vêm ter connosco. Dizem que precisam de nós e que precisam de uma alternância política, e olham para o Chega como essa alternância política", declarou Miguel Castro, ao nono dia de campanha.

Falando à Lusa à margem de uma iniciativa de contacto com a população nas ruas, no concelho da Ribeira Brava, Miguel Castro acrescentou que "as pessoas ganharam coragem e perderam o receio que tinham".

"Hoje em dia identificam-se completamente com o Chega, aproximam-se e não têm qualquer tipo de receio. Isso para nós é gratificante. Aliás, as sondagens que saíram hoje dizem isso mesmo", frisou.

Segundo uma sondagem publicada hoje pelo Jornal da Madeira, o Chega poderá eleger três deputados à Assembleia Legislativa Regional, mas o cabeça de lista acredita que a candidatura eleja um grupo parlamentar maior.

"Estamos a trabalhar para isso e iremos continuar a trabalhar até ao final desta campanha para chegar a mais e mais madeirenses e porto-santenses", assegurou Miguel Castro, que é também líder do partido na região.

O presidente do Chega, André Ventura, que esteve presente na campanha eleitoral de hoje, considerou inadmissível que o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), faça da campanha eleitoral para as regionais de domingo "um ato de inaugurações" do seu executivo.

André Ventura manifestou-se satisfeito com a sondagem hoje publicada e reafirmou que o Chega/Madeira vai "lutar para ser a terceira força política" da região autónoma.

Nas legislativas da Madeira há 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL.

O Chega foi alvo de dois recursos que pretendiam inviabilizar a sua candidatura, mas o Tribunal Constitucional indeferiu ambos.

Os dois queixosos (o partido ADN e um militante do Chega) reclamavam que a candidatura não fosse admitida, considerando o acórdão do Tribunal Constitucional n.º 520/2023, que declarou inválida a V Convenção Nacional do Chega.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.

Nesse ano, o Chega reuniu apenas 762 votos, mas agora Miguel Castro diz que o objetivo é "só parar na assembleia".