O cabeça de lista do partido Reagir Incluir Reciclar nas eleições da Madeira, Roberto Vieira, alertou hoje que todos os votos contam, salientando a importância de um partido novo como o RIR fazer campanha em zonas com pouca população.

"A verdade é que por um voto se ganha, por um voto se perde e daí o facto de estarmos a dar a conhecer o partido no norte da ilha", disse à Lusa Roberto Vieira, que hoje dedicou parte do dia de campanha ao norte da ilha, "uma zona com pouca população, onde o número de eleitores é reduzido".

Um dos locais visitados foi o Porto da Cruz, uma freguesia do município de Machico, na costa norte da ilha da Madeira, onde Roberto Vieira esteve a colar cartazes e a contactar com a população.

"Isto é um partido novo, um partido com quatro anos", recordou o candidato, reiterando que a Assembleia Legislativa da Madeira precisa de "uma voz diferente", como o RIR, porque "as maiorias não são boas, nem para o país, nem para a região".

Por isso, o RIR é a alternativa, não para ganhar eleições, mas para "contestar, denunciar e apresentar propostas para a Madeira e para os madeirenses".

"Nós somos um partido ao centro, um partido que defende a transparência e a seriedade, a igualdade, e queremos marcar essa diferença no parlamento regional", acrescentou o candidato.

Contudo, Roberto Vieira reconheceu que a tarefa do RIR não é fácil nas eleições de domingo, apesar do "grupo de trabalho fantástico" que o partido conseguiu reunir.

"O problema é a conjuntura atual, tem a ver com o facto de aparecerem partidos novos e que têm poderio económico para fazer festas, jantaradas, grandes comícios, e o partido RIR com 150 euros, que penso que não ultrapassará isso, irá fazer a sua campanha e, como tal, com estas desigualdades, não conseguimos chegar a tanta gente quanto eles", sustentou.

O RIR apresentou-se pela primeira vez ao eleitorado madeirense nas regionais de 2019, também com Roberto Vieira como cabeça de lista, tendo obtido 1.749 votos (1,25%).

Roberto Vieira, que é professor do primeiro ciclo, foi durante anos o rosto do Partido da Terra (MPT) no arquipélago, chegando a exercer funções como deputado regional desta força política.

Às legislativas da Madeira de domingo concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.