O cabeça de lista do MPT às legislativas da Madeira, Válter Rodrigues, disse hoje que a única promessa do partido é "trabalhar no sentido de melhorar a situação da população" e reafirmou a expectativa de eleger dois deputados.

"Nós nunca vamos deixar a toalha cair ao chão e a nossa expectativa é eleger dois deputados. Esse é o nosso objetivo, a nossa campanha desde o início. O objetivo acaba dia 24, nas urnas", declarou.

Em declarações à agência Lusa, antes de iniciar um percurso de campanha pelas freguesias de Santo António e São Roque, no Funchal, Válter Rodrigues disse que o MPT defende, acima de tudo, o aumento dos salários, vincando que, "a partir dos ordenados, as pessoas conseguem levantar a cabeça".

"Podemos também dizer que as nossas promessas não são promessas. A única coisa que prometemos à população é que vamos trabalhar no sentido de melhorar a situação de vida da nossa população, da Madeira e do Porto Santo", realçou.

O cabeça de lista, empresário e líder do MPT no arquipélago, disse também que pretende explicar à população, sobretudo aos residentes dos bairros sociais das freguesias de Santo António e São Roque, que o partido é o único que "gasta zero do erário público" na campanha eleitoral.

Segundo os orçamentos publicados pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP), as 13 forças políticas que concorrem às eleições legislativas da Madeira preveem gastar um total de 1.183.816,95 euros durante a campanha, mas o MPT indicou, à semelhança do que aconteceu nas regionais de 2019, que não estimava investir qualquer quantia.

"Vamos tentar falar com as pessoas, explicar que temos uma campanha que gasta zero do erário público. Somos uma alternativa de voto", salientou Válter Rodrigues.

As legislativas da Madeira decorrem no domingo, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.

Entre 2007 e 2015 o Movimento Partido da Terra (MPT) estava representado na Assembleia Legislativa Regional com um deputado, mas, nos últimos dois atos eleitorais, não conseguiu eleger.