Livre diz que madeirenses necessitam de "uma voz que os defenda"
O cabeça de lista do Livre às eleições da Madeira, Tiago Camacho, disse hoje que esta é uma "excelente oportunidade" para o partido se afirmar na região autónoma, realçando que os madeirenses necessitam de "uma voz que os defenda".
"Os madeirenses e os porto-santenses necessitam de uma voz livre no parlamento, uma voz que os defenda, que os acompanhe, porque é o que não tem acontecido nesta última legislatura no quadro dos partidos lá presentes", explicou.
Tiago Camacho falava no âmbito da campanha da candidatura do Livre às regionais de domingo, hoje marcada por uma reunião com o reitor da Universidade da Madeira, no Funchal.
O porta-voz do partido, Rui Tavares, participou na iniciativa e disse que o Livre é "novidade à esquerda" nas legislativas da Madeira e pretende "puxar a política para cima" no parlamento regional.
Esta é a primeira vez que o Livre concorre a eleições regionais na Madeira, mas Tiago Camacho, também líder da estrutura regional, considera que se trata de uma "excelente oportunidade" para a sua afirmação na região autónoma.
"Por vezes, um partido novo não aparece logo nos resultados [das sondagens], mas isto é uma excelente oportunidade, neste momento, para a entrada do Livre aqui, na região, uma necessidade também que a região tem de um partido como o Livre estar representado no parlamento a partir do dia 24", afirmou.
Tiago Camacho, que é operador de armazém e anda nas lides políticas desde 2017, disse que a campanha "está a correr imensamente bem" e que as pessoas "têm tido abertura" para ouvir as propostas do partido.
"As pessoas estão muito preocupadas com o que vai acontecer no futuro", disse, para logo acrescentar: "Obviamente a subida das taxas de juro, o crédito à habitação, isso são os problemas, porque a casa é a base de qualquer cidadão, e as pessoas estão muito apreensíveis com aquilo que vai acontecer."
O cabeça de lista do Livre prometeu ser pró-ativo e procurar uma "forma eficaz e direta de resolver esses problemas".
As legislativas da Madeira decorrem no domingo, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.