RIR diz que novo hospital deve ser financiado pelo Governo central
A nº 3 da lista do Reagir Incluir Reciclar (RIR) às eleições da Madeira, Joana Mendes, defendeu hoje que o novo Hospital Central e Universitário da região, no Funchal, seja financiado a 100% pelo Governo da República.
Joana Mendes, que falava à agência Lusa após uma visita ao local onde estão a decorrer as obras para o novo Hospital Central e Universitário da Madeira, disse esperar que a infraestrutura esteja pronta em 2027, tal como previsto, e defendeu que a obra deve ser financiada pelo Governo central, liderado pelo socialista António Costa.
"Vamos continuar a defender a construção deste novo hospital e que seja financiado a 100% pelo Governo central, visto tratar-se de uma infraestrutura de utilidade pública e que é essencial para toda a população da Madeira e Porto Santo. Por exemplo, os hospitais públicos, seja no Porto, Lisboa ou Algarve são financiados a 100% pelo governo central, porque é que o da Madeira tem de ser diferente se o povo na ilha da Madeira é português", questionou.
O novo hospital, que ainda está na fase de escavações, é, segundo Joana Mendes, totalmente financiado pelo Governo Regional (PSD/CDS-PP).
A nova unidade hospitalar, localizada na freguesia de São Martinho, no Funchal, abrange uma área de 172 mil metros quadrados e terá 607 camas, sendo 79 de cuidados intensivos e 503 destinadas a internamento geral, um parque de estacionamento com capacidade para quase 1.200 automóveis e um heliporto e representa um investimento na ordem dos 352 milhões de euros.
A nº 3 do RIR alertou também para a necessidade de serem criadas melhores condições nos estabelecimentos de saúde, que sofrem com a falta de recursos humanos.
"Cada vez mais os serviços de urgência estão lotados. É visível o número de ambulâncias à espera devido à falta de macas e o amontoar de pessoas que estão em internamento, retirando vagas em diversas especialidades. Há também falta de recursos humanos, problema difícil de resolver. Os baixos salários fazem com que as pessoas se desloquem para os hospitais privados e outros países", disse Joana Mendes, que é enfermeira.
O professor do primeiro ciclo Roberto Vieira é o cabeça de lista do RIR às eleições da Madeira, marcadas para dia 24.
O RIR concorreu pela primeira vez a umas eleições regionais na Madeira em 2019, mas não conseguiu reunir votos suficientes para eleger deputados.
De acordo com dados publicados na página da Internet da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, dos cerca de 1,2 milhões de euros que as candidaturas concorrentes pretendem gastar com a campanha eleitoral, o RIR indicou 2.000 euros.
Às legislativas da Madeira concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.