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"Juros acabam com a classe média", sublinha ADN

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O Partido ADN vem, através de comunicado, lamentar "a submissão" do Governo de Portugal e do Presidente da República aos interesses que imperam na União Europeia e no Banco Central Europeu, que segundo dizem "é comandado por uma extremista que abomina países do Sul da Europa, que em vez de estar preocupada em proteger os interesses da Europa e dos cidadãos europeus, continua somente a tentar agradar ao seu “dono”, os Estados Unidos da América".

Esta foi a décima subida da taxa de referência do BCE em pouco mais de 1 ano, fixando-se agora em 4,5%, quando em Julho de 2022 esta taxa estava em 0,5%, ou seja, tivemos um aumento vertiginoso de 4 pontos percentuais em apenas 14 meses. Como aqui chegámos e qual o verdadeiro objectivo destas subidas criminosas é consequência de uma política monetária ilusionista a favor dos interesses dos EUA e da agenda globalista, feita ao abrigo de um suposto combate à inflação Bruno Fialho, presidente do partido ADN

O líder do partido acrescenta que "a era “pandémica” provocou uma paragem da economia mundial durante ano e meio que, forçosamente, acarretou uma enorme recessão económica, o que levou os Bancos Centrais, nomeadamente a Reserva Federal americana e o Banco Central Europeu, a sentirem necessidade de, a partir do ano de 2020, imprimir um “imenso oceano de massa monetária” para salvarem a economia das soluções que eles próprios ajudaram a criar".

A injecção de uma quantidade quase imensurável de dinheiro vivo na economia mundial fez com a inflação subisse e, ao subir a inflação, passámos a ter um aumento brutal dos preços de todos os bens, principalmente nos bens de primeira necessidade, sendo que os Estados Unidos da América são menos vulneráveis a esse efeito, em parte, devido à forma como é transacionado o petróleo a nível mundial Bruno Fialho, presidente do partido ADN

Nesse sentido, o partido defende que compete ao BCE decidir as políticas monetárias da Europa. "Mas a União Europeia pode mudar o paradigma de submissão do velho continente europeu aos Estados Unidos da América e, tal como o partido ADN já alertou em comunicado anterior enviado a Novembro de 2022, que devíamos optar por negociar com a OPEP para que a venda do “ouro negro” não seja efectuada apenas em dólares, mas também em euros, o que iria valorizar a moeda europeia e, com isso, teríamos uma preciosa ajuda para travar a subida da inflação e a consequente necessidade do aumento das taxas de juro do BCE", pode ler-se no comunicado.

Esta medida iria contrariar a subida do dólar em relação ao euro e as consequências negativas para a inflação, que se reflecte no preço dos bens e serviços essenciais, nomeadamente no valor que pagamos pela energia. Mas, o  BCE e a UE preferem criar a “tempestade perfeita” para toda a classe média europeia e, em particular, para a portuguesa, que tem rendimentos bastante inferiores, relativamente à média europeia. O objectivo final das subidas das taxas de juro é, sem sombra para dúvidas, colocar toda a população mundial, principalmente a classe média, dependente do Estado e a receber um rendimento “mínimo de sobrevivência” desde que cumprindo, todas as “regras” que forem sendo estabelecidas e que serão as contrapartidas desta concessão de pensão “universal” Bruno Fialho, presidente do partido ADN

O dirigente do ADN sublinha ainda que "estamos a assistir ao fim da propriedade privada tal como a conhecíamos, porque, sem possibilidades de pagar as prestações dos créditos à habitação, que ficam cada vez mais caras, não restará outra alternativa, a uma esmagadora maioria de portugueses, senão entregar as casas à Banca, como já aconteceu no passado e em grande escala, ou ao Governo Socialista, que continua fixado no paupérrimo programa 'Mais Habitação'.

Sem esquecer que foi este Governo Socialista que redireccionou para a banca o equivalente a 10% no nosso PIB quando a banca precisou e agora, quando são os portugueses a precisar de ajuda, nada é feito, talvez porque, infelizmente, passou a ser normal ver governantes a passar da política para a banca ou para empresas privadas que têm grandes interesses na banca. Foi assim artificial, porque provocada e deliberada, a inflação em que vivemos e nada é feito para contrariar essa situação, pelo que, para o partido ADN esta posição do BCE e da UE tem o único propósito de nada termos e sermos felizes…desde que muito obedientes, principalmente a classe média que é sempre aquela que tem alguma força para poder contrariar os Donos Disto Tudo. Bruno Fialho, presidente do partido ADN