A cabeça de lista do PAN às eleições regionais da Madeira defendeu hoje a criação de um passe único para todos os transportes públicos terrestres, além do reforço do número de carreiras e uma maior flexibilidade de horários.

"Temos diferentes empresas a fazer diferentes transportes da ilha [da Madeira]. Portanto, são passes diferentes e que têm custos diferentes e este passe único conjugaria todas as companhias de autocarros existentes e as pessoas pagariam um único valor e poderiam usufruir de qualquer tipo de transporte público para qualquer parte", explicou Mónica Freitas.

A candidata do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que está hoje em campanha eleitoral para as eleições de dia 24 nos concelhos da Calheta, Ponta do Sol e Ribeira Brava, na zona sul da ilha Madeira, relatou que a questão dos transportes públicos preocupa a população destes municípios, já que estão "longe do Funchal".

Assim, disse, a criação de um passe único permitiria reduzir um "custo bastante elevado" que as famílias têm hoje de suportar, sendo também preciso um "reforço do número de carreiras e maior flexibilidade de horários para corresponder às necessidades da população".

Mónica Freitas, que é assistente social e militante do PAN desde 2021, referiu que outro problema que afeta em particular os concelhos da Calheta e da Ponta do Sol tem que ver com as derrocadas.

"O PAN também tem no seu programa eleitoral a previsão de um estudo para a prevenção desse tipo de situações, garantindo a segurança da população e a preservação da própria natureza", adiantou, lembrando que recentemente no caminho da praia dos Anjos houve uma derrocada que provocou a interdição da estrada, que apesar de ser uma via secundária "é um dos pontos turísticos" da região.

Embora as eleições legislativas madeirenses de dia 24 sejam uma estreia para Mónica Freitas, esta é a quarta vez que o PAN concorre às regionais.

Nas primeiras eleições em que participou, em 2011, alcançou um mandato, mas nas seguintes falhou a conquista de lugares no parlamento regional.

Joaquim Sousa, eleito presidente da comissão política do partido na Madeira, foi inicialmente apresentado como cabeça de lista ao sufrágio de dia 24, mas a situação foi alterada devido a "divergências".

O PAN justificou a substituição de candidatos com "uma incompatibilidade" entre Joaquim Sousa e a direção regional do partido, que levou à intervenção da liderança nacional no processo.

Às legislativas da Madeira de dia 24 de setembro concorrem 13 candidaturas, que disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.