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Libertado navio de cruzeiro encalhado há três dias na Gronelândia

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Foto Danish Air Force/Arctic Command/Handout via REUTERS

O luxuoso navio de cruzeiro "MV Ocean Explorer" conseguiu hoje sair do local onde estava encalhado há três dias, na Gronelândia, com 206 pessoas a bordo, anunciaram as autoridades e o proprietário da embarcação.

O navio foi libertado por um barco de investigação de pesca durante a maré alta, explicou o proprietário da empresa SunStone Ships, com sede em Copenhaga, e o Comando Conjunto do Ártico da Dinamarca, que coordenou a operação.

A manobra foi feita "com base na tração do navio de pesquisa, que é propriedade do governo da Gronelândia, e na energia do próprio navio [cruzeiro]. Não há feridos a bordo, nem foi feita nenhuma poluição do meio ambiente, nem rutura no casco", adiantou a unidade de coordenação.

A embarcação que conseguiu desencalhar o navio cruzeiro chama-se "Tarajoq" e pertence ao Instituto de Recursos Naturais da Gronelândia, uma agência governamental local.

Inicialmente, tinha sido anunciado que o navio encalhado poderia libertar-se sozinho quando a maré estivesse alta, mas várias tentativas foram feitas sem sucesso.

Embora as autoridades tenham garantido não haver danos nem feridos, três pessoas a bordo foram testadas e diagnosticadas com covid-19, tendo ficado em isolamento.

O proprietário adiantou hoje que "o navio e os seus passageiros serão agora levados para um porto, onde eventuais danos no fundo do navio poderão ser avaliados, [sendo depois] os passageiros transportados de volta para casa".

O navio de cruzeiro encalhou na segunda-feira em Alpefjord, zona do Círculo Polar Ártico onde fica o Parque Nacional Nordeste da Gronelândia, o parque nacional mais ao norte do mundo.

O parque tem quase o tamanho de França e Espanha juntas e aproximadamente 80% está permanentemente coberto por uma camada de gelo.

Alpefjord fica a cerca de 240 quilómetros da povoação mais próxima, Ittoqqortoormiit, que fica a quase 1.400 quilómetros da capital do território dinamarquês autónomo, Nuuk.

A Autoridade Marítima dinamarquesa já pediu à polícia da Gronelândia que investigue a razão pela qual o navio encalhou e se alguma lei foi violada, tendo um agente entrado já a bordo para realizar "as etapas iniciais de investigação, que, entre outras coisas, envolvem interrogar a tripulação e outras pessoas relevantes a bordo", segundo anunciou a polícia local.