RIR quer ser a voz que marca a diferença no parlamento
O cabeça de lista do do Reagir Incluir Reciclar (RIR) às eleições da Madeira, Roberto Vieira, afirmou hoje que o partido pretende ser uma voz "diferente" no parlamento, defendendo que as candidaturas só devem fazer promessas concretizáveis.
"O RIR está a fazer o apelo ao voto no partido, que, se eleger um deputado, vai ter voz no parlamento regional e marcará com certeza a diferença", disse o candidato, numa iniciativa de campanha eleitoral, no Jardim Municipal do Funchal.
O RIR esteve hoje a distribuir pequenos calendários, com o representante a referir que o partido não dispõe de meios para outro tipo de material de campanha.
Roberto Vieira recordou que o partido, que concorreu pela primeira vez às eleições regionais na Madeira em 2019, mas não conseguiu reunir votos suficientes para eleger deputados, "é um partido que toda a vida, desde a sua existência, vem reivindicando o bem-estar da Madeira e dos madeirenses".
O candidato mencionou que no final da contagem dos votos nesse ano, "os brancos e os nulos davam para eleger um deputado".
Por isso, reforçou o pedido para os eleitores "deem o voto de confiança ao RIR", assegurando: "Durante estes quatro anos vamos provar que somos diferentes e somos melhores."
Na sua perspetiva, a candidatura "tem passado muito bem a sua mensagem" nestes primeiros dias da campanha eleitoral, que arrancou no domingo, e "reivindica aquilo que a Madeira quer e os madeirenses querem".
"Há partidos aí que prometem tudo, mundos e fundos. Nós prometemos aquilo que acreditamos que é possível", declarou.
Roberto Vieira deu como exemplo as candidaturas que prometem "acabar com as listas de espera no hospital", argumentando que o RIR apenas promete que vai trabalhar para reduzi-las.
"Acabar com as listas de espera e dizer às pessoas que vão acabar é mentira. As listas de espera vão continuar", disse.
Roberto Vieira referiu também o problema da falta de habitação social, destacando que esta é uma das reivindicações da candidatura, até por existirem milhões de euros para gastar nesta área, atualmente, com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
"Nós reivindicamos mais casas ainda, mas o problema não vai ficar resolvido com 800 casas. São muitas mais precisas", complementou.
Também neste caso Roberto Almada considerou uma mentira afirmar que o problema pode ficar resolvido por completo -- o foco das promessas, disse, devem ser "sempre no diminuir, tentar melhorar", porque "acabar é passar, no fundo, uma mensagem enganosa à população".
"Nós achamos que tens de falar a verdade. Vamos diminuir, vamos reduzir as coisas. Agora, acabar é um termo que engana de forma fácil os eleitores que são abordados pelos partidos", sustentou.
Às legislativas da Madeira concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.