“Queremos fazer um bom jogo e vencer o FC Porto B”
Tulipa alerta que o Marítimo tem muito para crescer, mas está ainda longe do que pretende em termos de competitividade e qualidade de jogo
Na abordagem ao jogo com o FC Porto B, neste sábado pelas 11 horas, o treinador do Marítimo referiu que, “quando defrontamos equipas com a qualidade das do Benfica e FC Porto, mesmo na versão B, sabemos que as individualidades têm uma expressão muito grande no jogo”, alertando que “não podemos permitir que o jogo se resolva pelas individualidades”, considerando que “a importância do jogo colectivo terá de ser determinante para asseguramos um bom resultado”.
Para o treinador do Marítimo, “esta segunda Liga não vai trazer jogos fáceis”, apontando mesmo para a dureza que todos os jogos comportarão. “Todos os jogos serão competitivos, porque, na minha opinião, há 8/10 equipas com grande qualidade, a que acresce estas equipas B, que também têm jogadores de muita qualidade”, sustenta o técnico português.
Numa Liga que Tulipa considera extremamente competitiva, o treinador maritimista revela que “dentro das nossas quatro prioridades, uma delas aponta para a competitividade da equipa”, alertando que “se não formos competitivos provavelmente não ganhamos jogos, se não melhoramos a qualidade do nosso jogo ficamos também mais longe de vencer”, mas assegurando que o foco da equipa que orienta é andar nos lugares da frente. “Agora estamos numa posição próxima dos lugares da frente e queremos fazer um bom jogo, respeitando o adversário, mas com a vontade de voltar a ganhar”, sublinha.
O Marítimo vinha de duas vitórias antes da paragem que o campeonato conheceu. “Até foi, num certo sentido, uma paragem benéfica, porque tínhamos alguns jogadores que ainda não tinham jogado, outros a recuperar a sua forma física, pois chegaram ao clube mais tarde que outros, houve também a necessidade de lhes dar melhor a conhecer aquilo que são os nossos conceitos, treinando e voltando a treinar com os seus novos colegas, e foi isso o que aconteceu”, explica.
O treinador maritimista volta a tocar na tecla da grande intensidade da II Liga. “Esta Liga apela a uma intensidade a nível físico e ao nível táctico, sendo que nem sempre andamos com o controlo da bola, mas muitas das vezes, mesmo sem bola, temos que ficar confortáveis. Falamos algumas coisas com os jogadores que têm a ver com isto mas nós, enquanto equipa, temos um potencial enorme para crescer. Temos ainda muito pouco tempo de trabalho, estamos juntos há pouco tempo, mas o potencial é muito grande”, assegura.
De resto, Tulipa considera ainda que “os jogadores que escolhemos e os que permaneceram cá, vão fazer uma excelente equipa”, pois diz estarem muito focados “no desempenho colectivo e na produtividade da equipa”.
Por isso mesmo, o treinador maritimista diz não estar ainda a equipa à sua imagem. “Andamos muito longe ainda daquilo que é o meu ideal e daquilo que será a produtividade colectiva e individual dos jogadores. O Marítimo mudou quase 70% do seu plantel e mudou também o treinador e estamos em desvantagem em relação a outras equipas que mantiveram o seu plantel base, sendo que, no nosso caso, demoramos um bocadinho mais na busca dos jogadores que pretendíamos”, desenvolve.
“Gostávamos do trabalho do Joel”
Sobre a saída de Joel Tagueu, o treinador verde-rubro revela que “o Joel foi um jogador importante no clube, mas, por questões que me ultrapassam, encontrou-se a melhor solução e, de resto, temos de acreditar muito nos que temos e no potencial dos nossos jogadores. Não queríamos que o Joel saísse, porque gostávamos do seu trabalho, mas o jogador entendia que era melhor para a sua carreira sair e gerou-se, por outro lado, oportunidades para outros jogadores”, conclui o treinador do Marítimo.
Para o jogo com o FC Porto B, o Marítimo tem algumas baixas, nomeadamente o Edgar Costa (voltou a lesionar-se), o Zainadine, o Francisco Gomes e o Carlos Parente.