Madeira

Campanha regional ambiciona aumentar número de famílias de acolhimento na Madeira

Rita Andrade garante que protecção das crianças é uma prioridade para o Governo Regional

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A secretária regional da inclusão e cidadania, Rita Andrade, presidiu ao lançamento da campanha regional de captação de famílias de acolhimento que ocorreu esta manhã no auditório da mesma secretaria regional. Com o lema 'Acolha com Coração, Seja Família de Acolhimento', a governante revela que a iniciativa pretende aumentar o número de famílias de acolhimento na Região. Actualmente, existem 15 famílias que acolhem 25 crianças. Desde ontem, existe a possibilidade de existir mais uma família de acolhimento que está a ser avaliada. Esta campanha regional terá a duração de um 1 ano.

 “O número actual é ainda baixo e queremos chegar mais longe”, ambiciona. Outras 202 crianças e jovens estão ainda nas casas de acolhimentos existentes na Madeira. “Estes valores enquadram-se numa dimensão muito dinâmica. As crianças afastadas das famílias de origem têm de ser imediatamente integradas. Muitas delas mantêm laços com as famílias de origem. O processo de afastamento não pode ser radical, porque seria ainda mais negativo para as crianças”, esclarece Rita Andrade.

Todas as famílias de pessoas singulares ou assentes no casamento e união de facto são elegíveis, mas uma família que tenha relações de parentesco com uma determinada criança não poderá ser a sua família de acolhimento, podendo ser de outra. Além disto, as famílias candidatas a adopções não estão impedidas a se candidatar também a família de acolhimento. De acordo com Teresa Carvalho, directora da unidade de assessoria técnica do departamento ao apoio à família, infância e juventude da segurança social, “todas as famílias avaliadas e que mostrem disponibilidade serão acolhidas. A equipa de avaliação das candidaturas foi reforçada e neste momento inclui 2 assistentes sociais e 2 psicólogas. Serão esses técnicos que decidirão sobre quais as famílias que poderão responder melhor às necessidades e especificidades de cada criança.”

A primeira etapa de candidatura passa por uma acção de formação com o intuito de os candidatos terem consciência os direitos e deveres em ser família de acolhimento. Só depois inicia-se o processo de formalização da proposta de candidatura. Todos os processos serão reavaliados com um período máximo de 18 meses e comunicados às instâncias judiciais.

“A oportunidade de o Governo Regional liderar este processo honra-nos muito.” Quem o diz é a secretária regional da inclusão e cidadania. Rita Andrade assume ainda que a protecção das crianças e jovens está no topo das prioridades do executivo regional que tem ido mais longe, segundo a própria, na execução de medidas relacionadas com a inclusão juvenil. “Temos realizado um trabalho contínuo com muitas acções regionais para proteger e acompanhar as crianças e jovens. Queremos que tenham um futuro melhor e queremos dar-lhes uma alternativa ganhadora e estruturante”, sublinha a governante.

O lançamento da campanha contou ainda com presença da presidente do Instituto de Segurança Social da Madeira, Micaela Freitas, e dos padrinhos da iniciativa, a artista musical Vânia Fernandes e o velejador olímpico João Rodrigues.

Este texto foi elaborado pelo estagiário João Pedro Santos, sob a supervisão do editor-executivo João Filipe Pestana