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Confrontos em Caxemira provocam sete mortos

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Foto AFP

Intensos confrontos em Caxemira, sob administração da Índia, que ainda prosseguem, fizeram pelo menos sete mortos, entre os quais dois soldados e um polícia de alta patente, informaram fontes oficiais.

Os tiroteios continuam nos distritos de Anantnag e Rajouri, na conflituosa região do norte da Índia em disputa, onde helicópteros do Exército são usados para atacar insurgentes entrincheirados na área, informou a polícia à EFE.

"Um coronel em comando, um major do exército indiano e um policia foram mortos durante um violento tiroteio em curso" na área de Kokernag, em Anantnag, no sul da Caxemira, disse à agencia de noticias espanola um polícia que pediu anonimato.

O tiroteio começou hoje depois de as forças do governo terem lançado uma operação de contra-insurgência na vila de Garol, em Kokernag.

"Quando as forças de segurança entraram na aldeia de Garol foram submetidas a intensos disparos vindos das posições escondidas dos insurgentes, no meio das densas florestas", disse.

O coronel que comandava as forças do Exército na operação, Manpreet Singh, o major Ashish Dhonack e um vice-superintendente da polícia, Humayun Bhat, receberam vários tiros e morreram, disse o polícia.

As mortes destes oficiais é a maior baixa de patentes das forças governamentais indianas desde que Nova Deli decidiu, em 2019, abolir o estatuto semiautónomo de que a região de Caxemira desfrutou durante sete décadas, seguido de um esforço para acabar com a insurgência armada.

De acordo com um comunicado policia divulgado hoje sobre outro confronto, revela que as forças de segurança mataram dois insurgentes no distrito fronteiriço de Rajouri.

"Um soldado do exército e um policia também foram mortos no tiroteio de Rajouri, enquanto outras três pessoas ficaram feridas no confronto que ainda continua", disse à EFE um outro polícia que pediu também anonimato.

Já o vice-diretor da polícia, Mukesh Singh, disse aos jornalistas que o tiroteio eclodiu na véspera entre insurgentes e forças de segurança durante uma operação de busca.

Os distritos de Rajouri e Poonch já foram colocados em alerta de segurança máxima após alguns ataques no passado recente.

A militância insurgente, activa há mais de três décadas, está encurralada desde que o governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi assumiu o controlo total de Caxemira em Agosto de 2019.

Desde então, centenas de separatistas foram presos e um forte sistema de vigilância foi estabelecido "para conter atividades anti-nacionais".

A rebelião armada separatista na parte indiana da região dos Himalaias apela à independência de Caxemira ou à sua adesão ao Paquistão e levou à morte de milhares de pessoas, na sua maioria civis.

A Índia acusa o Paquistão de patrocinar o "terrorismo" no seu território, uma acusação que Islamabad rejeita.