Regionais 2023 Madeira

Albuquerque pede aos eleitores para não "embarcarem em aventuras"

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O cabeça de lista da coligação Somos Madeira, Miguel Albuquerque, pediu hoje aos eleitores para não "embarcarem em aventuras", assegurando que PSD e CDS-PP querem continuar "a governar no bom caminho".

"Nós estamos aqui hoje não é para brincar aos partidos, nós estamos aqui hoje para dizer que temos uma coligação que quer e precisa da vossa confiança, precisa do vosso voto, precisa da vossa força para continuarmos a governar no bom caminho", afirmou o também líder do PSD/Madeira no concelho de São Vicente, no norte da ilha, no segundo comício da coligação na campanha para as eleições legislativas da Madeira, marcadas para dia 24.

Recordando que a Madeira "atingiu a criação de riqueza maior de sempre em 2022 e 2023" e que tem o desemprego mais baixo desde há 16 anos, com 127 mil pessoas atualmente a trabalhar, Miguel Albuquerque, que lidera o Governo Regional desde 2015, assegurou que a coligação Somos Madeira está na corrida eleitoral para continuar a "governar bem".

"Não é para fazer promessas irrealistas, não é para fazer promessas demagógicas, não é para ir com fantasias que só vão prejudicar a população no futuro", disse, considerando as eleições do final do mês como "cruciais para as futuras gerações", porque a região tem de manter o atual crescimento económico.

Numa intervenção de quase 20 minutos, o líder do PSD/Madeira comparou ainda a realidade que existe na região na Educação com a situação vivida no continente, lembrando que no arquipélago os professores são "considerados e respeitados" e já recuperaram o tempo de serviço que reclamavam, enquanto na Saúde "há reconhecimento das carreiras dos médicos e enfermeiros".

"Não vamos embarcar em aventuras, nós temos que ter a responsabilidade de votar nesta coligação, uma coligação sólida", pediu.

Antes de Miguel Albuquerque, o número dois na lista da coligação, o líder do CDS-PP/Madeira, Rui Barreto, também lembrou os últimos quatro anos de governação, durante os quais o executivo enfrentou a maior crise de saúde pública de que há memória, com a pandemia de covid-19.

"Também os grandes governos provam que são competentes perante grandes adversidades", salientou Rui Barreto.

Nas anteriores eleições regionais, em 2019, o PSD falhou pela primeira vez a maioria absoluta num sufrágio na região, optando por celebrar um compromisso de coligação com o CDS-PP para garantir a sua continuidade na governação.

Às legislativas da Madeira concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.