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Trump quer impugnar a juíza apontada para dirigir um dos seus julgamentos

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O ex-presidente dos EUA Donald Trump solicitou oficialmente na segunda-feira a impugnação da juíza Tanya Chutkan, que deve dirigir o seu julgamento pelas tentativas de inverter o resultado eleitoral das presidenciais de 2020, contestando a sua imparcialidade.

A juíza já marcou o início do julgamento para 04 de março, para grande consternação dos advogados de Trump, que pretendiam que começasse só em abril de 2026, uma data bem depois das eleições presidenciais dos EUA, marcadas para novembro de 2024.

Trump criticou a decisão da juíza Chutkan, a quem acusou de o "detestar".

Já antes de comparecer em tribunal, em 03 de agosto, para se declarar não culpado, Trump disse que o seu único mal tinha sido "contestar uma eleição manipulada" e referiu-se, aparentemente à juíza Chutkan, a um "juiz injusto".

Em apoio da sua pretensão de impugnação, os advogados de Trump citam afirmações da magistrada durante audiências que levaram à condenação de participantes no ataque ao Capitólio, sede do Congresso, em 06 de janeiro de 2021.

Nesse dia, centenas de apoiantes de Trump violaram o santuário da democracia norte-americana para tentarem impedir a certificação da vitória eleitoral do seu adversário, Joe Biden.

"A juíza Chutkan, a propósito de outros casos, sugeriu que o presidente Trump deveria ser processado e preso", afirmaram no seu texto.

A maior parte dos peritos jurídicos considera que esta pretensão está virtualmente votada ao fracasso, uma vez que implicaria que a juíza prescindisse voluntariamente do cargo.

Em campanha para se recandidatar à Casa Branca, Trump tem atribuído os seus problemas ao governo do presidente democrata Biden.