Saiba o que hoje é notícia
O ano letivo 2023/2024 arranca hoje para cerca de 1,3 milhões de alunos dos 1.º ao 12.º anos, mas muitos não terão ainda todas as disciplinas por faltarem professores nas escolas.
As escolas têm a partir de hoje e até sexta-feira para dar oficialmente início ao ano letivo, mas a escassez de professores volta a assombrar o regresso às aulas, ao deixar milhares de alunos sem docente a pelo menos uma disciplina.
No final da semana passada, mesmo depois de terem sido colocados quase três mil docentes, as escolas tinham ainda cerca de 1.300 horários vazios e, na segunda-feira, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) falava em mais de 100 mil alunos sem professor. A falta de professores afeta sobretudo as escolas das regiões do Algarve e Lisboa e Vale do Tejo, e algumas disciplinas em particular, como Português, Matemática ou Informática.
Na véspera do início das aulas, em Coimbra, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, pediu ao ministro da Educação que "seja ministro" e "tome medidas". Em Almada, (Setúbal), o ministro João Costa respondeu que todos os dias estão a ser colocados professores e que a falta de docentes nas escolas está a ser resolvida "paulatinamente".
A escassez de professores poderá não ser o único fator a deixar os alunos sem aulas, prevendo-se que o ano letivo arranque da mesma forma que terminou o anterior, com a forte contestação dos profissionais das escolas.
Já a partir de hoje, a plataforma de nove organizações sindicais que inclui a Fenprof e a Federação Nacional da Educação (FNE), inicia uma greve ao sobretrabalho, às horas extraordinárias e à componente não letiva.
A paralisação não tem impacto nas aulas, mas logo no início da segunda semana, o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) avança para uma greve de cinco dias. Menos de um mês depois, em 06 de outubro, há uma greve nacional convocada pela plataforma sindical.
Hoje, também é notícia:
CULTURA
O filme "Le règne animal", de Thomas Cailley, abre hoje o festival de cinema de terror MOTELX, em Lisboa, numa edição que lembra o cineasta William Friedkin, convida o realizador Brandon Cronenberg e estreia um novo filme de Gabriel Abrantes.
A 17.ª edição do MOTELX, centrada no cinema S. Jorge, estende-se até ao dia 18 de setembro e o programa, além das secções competitivas, conta com uma retrospetiva integral da obra de Brandon Cronenberg, que estará em Lisboa para mostrar o filme "InfinityPool" e dirigir uma 'masterclass'.
O festival assinala ainda os 50 anos de "O Exorcista", com a exibição em cópia restaurada do filme de William Friedkin, realizador que morreu no passado dia 07 de agosto, e estreia "A Semente do Mal", filme de terror de Gabriel Abrantes, protagonizado por Carloto Cotta, Alba Baptista e Brigette Lundy-Paine.
"Le règne animal", exibido hoje em estreia portuguesa, esteve este ano no festival de Cannes, e decorre num cenário assombrado por um vírus fatal.
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O documentário "Verdade ou Consequência?", de Sofia Marques, dedicado ao ator e encenador Luis Miguel Cintra, tem antestreia marcada para hoje à noite, no Auditório de Serralves, no Porto.
"Verdade ou Consequência?", mais do que um registo do percurso de Cintra é, de acordo com a sua apresentação, uma demanda da realizadora do seu amigo e, da parte do fundador do Teatro da Cornucópia, uma "busca de si mesmo". O filme transforma-se assim na procura que ambos empreendem, "escavando a matéria e a memória do teatro, a matéria e a memória da vida", indo da atual casa de Luis Miguel Cintra, no "seu Porto, junto ao mar", à "Espanha onde nasceu" e "ao palco de luz e sombras dos filmes de Manoel de Oliveira ou dos poemas de Ruy Belo".
A antestreia, em Serralves, conta com a presença de Luis Miguel Cintra. O documentário terá estreia nacional no dia 22 de outubro, na Culturgest, em Lisboa, no âmbito do festival DocLisboa.
INTERNACIONAL
O Presidente russo, Vladimir Putin, participa hoje na sessão plenária do 8.º Fórum Económico do Oriente, em Vladivostoque, cidade do extremo oriente da Rússia onde deverá encontrar-se nas próximas horas com o homólogo norte-coreano, Kim Jong-un.
Este encontro acontece numa altura em que é noticiada a possibilidade de Moscovo adquirir armamento a Pyongyang.
Putin e Kim Jong-un viajaram segunda-feira de comboio para aquela cidade russa, com vários meios de comunicação a noticiar que os dois chefes de Estado vão discutir a cooperação técnico-militar, tendo em vista a guerra na Ucrânia.
Putin já afirmou a disponibilidade da Rússia para comprar à Coreia do Norte munições, artilharia e mísseis antitanque, que Moscovo poderia utilizar na Ucrânia, enquanto Pyongyang pretende tecnologia avançada para o fabrico de satélites e submarinos com propulsão nuclear, bem como ajuda alimentar.
À margem do fórum, Putin também se vai reunir com Zhang Guoqing, vice-primeiro-ministro da China, principal aliado do regime norte-coreano.
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O Supremo Tribunal israelita vai analisar hoje 15 recursos da sociedade civil contra a controversa reforma judicial aprovada em julho pelo Parlamento, legislação que impede os tribunais de utilizarem padrões judiciais de "razoabilidade" para examinar as decisões do Governo.
Os 15 juízes do órgão judicial israelita estão já a analisar aquilo a que se apelidou de "cláusula de razoabilidade", norma que é um dos pilares do plano de reforma do Governo, que procura conceder mais poder ao executivo em detrimento da justiça, cuja independência seria profundamente afetada.
Na história do Estado judaico, será a primeira vez que o Supremo pode interceder perante uma emenda legislativa, numa altura em que Israel continua a ser palco de contínuas manifestações de protesto contra a reforma.
Vários membros do Governo israelita, liderado por Benjamin Netanyahu e o mais à direita da história de Israel, sugeriram na semana passada que poderiam não aceitar uma decisão do Supremo contra a legislação.
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, tem apelado à proteção da "independência e solidez do sistema judicial" e tentou retomar as negociações entre Governo e oposição para garantir uma reforma consensual, até ao momento sem resultados.
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O Conselho de Segurança da ONU irá reunir-se hoje, a pedido da Rússia, para discutir "o fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia e outros fatores que afetam negativamente as perspetivas de resolução da crise na Ucrânia e em torno dela".
Espera-se que a alta representante da ONU para Assuntos de Desarmamento, Izumi Nakamitsu, faça um 'briefing' sobre o assunto.
O representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, tem feito nos últimos meses vários alertas para as "ameaças" representadas pelos fornecimentos militares ocidentais à Ucrânia, que tem beneficiado destes para resistir à invasão russa.
Tal como aconteceu em reuniões anteriores do Conselho de Segurança, é esperado que os países ocidentais indiquem que continuarão a fornecer meios para a Ucrânia se defender dos ataques russos "pelo tempo que for necessário".
PAÍS
A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, reúne-se hoje com o presidente da Câmara de Odemira, 38 dias depois do incêndio de agosto que causou prejuízos entre nove e 10 milhões de euros no concelho.
Na reunião de hoje, Hélder Guerreiro (PS) irá apresentar à ministra os valores finais dos prejuízos causados pelo fogo e espera apoios financeiros por parte do Governo.
Em declarações à agência Lusa na semana passada, o autarca disse que o incêndio causou danos de sete milhões de euros em habitações e um prejuízo total "entre os nove e os 11 milhões de euros".
Segundo o presidente da Câmara de Odemira, além das habitações, há ainda a registar 2,7 milhões de euros de prejuízos na área do turismo e danos na agricultura que estavam ainda por contabilizar.
O incêndio no concelho de Odemira teve início no dia 05 de agosto e foi dado como dominado às 10:15 do dia 09, seis dias depois de ter deflagrado numa área de mato e pinhal na zona de Baiona, na freguesia de São Teotónio.
O fogo chegou a entrar nos municípios algarvios de Monchique e Aljezur e a área ardida ascende a cerca de 8.400 hectares, num perímetro de 50 quilómetros.
SOCIEDADE
A Polícia de Segurança Pública (PSP), a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) lançam a operação "Cinto-me Vivo", uma campanha de promoção do uso do cinto de segurança, do capacete e da cadeirinha para crianças.
A operação "Cinto-me Vivo" vai estar nas estradas entre hoje e 18 de setembro, através de ações de fiscalização de PSP e GNR "com especial incidência em vias e acessos com elevado fluxo rodoviário" e de iniciativas de sensibilização da ANSR hoje em Alenquer, Viana do Castelo na quarta-feira, Celeirós na quinta-feira, Santarém na sexta-feira e Caldelas no dia 18.
"Numa colisão frontal a 50 km/h, um condutor com 70kg, sem cinto de segurança, sofre um impacto equivalente a uma queda livre de um terceiro andar. O uso do capacete de modelo aprovado, devidamente apertado e ajustado, reduz em 40% o risco de morte em caso de acidente. Está igualmente comprovado que a utilização correta de cadeirinha homologada e adaptada ao tamanho e peso da criança reduz em 50% o risco de morte", referem as três entidades num comunicado sobre a campanha.