Novo balanço de 2.862 mortos e 2.562 feridos em Marrocos
O balanço provisório do terramoto que atingiu Marrocos na sexta-feira à noite subiu para 2.862 o número de mortos e para 2.562 o de feridos, anunciou o Ministério do Interior marroquino.
O balanço anterior era de 2.681 mortos e 2.501 feridos.
As consequências do sismo causaram mortos numa dezena de províncias, mas as mais afetadas são Al Haouz, a sul de Marraquexe e perto do epicentro, com 1.604 mortos, seguida de Taroudant (976 mortos).
Além disso, foi registada pela primeira vez uma morte na província de Essaouira, segundo dados oficiais.
As equipas de resgate marroquinas, apoiadas por grupos estrangeiros, redobraram hoje os seus esforços para encontrar possíveis sobreviventes e prestar assistência a centenas de sem-abrigo.
O epicentro do sismo está localizado numa zona montanhosa do Alto Atlas, onde os deslizamentos de terra dificultaram ainda mais o acesso às aldeias afetadas, como as da cidade de Ighil.
Para entregar alimentos aos sobreviventes do terramoto nas pequenas localidades isoladas desta comuna, os helicópteros fazem viagens de ida e volta, sublinhou a agência France-Presse (AFP).
Marrocos aceitou a ajuda de quatro países para enviar equipas de busca e salvamento: Espanha, Reino Unido, Qatar e Emirados Árabes Unidos.
Em diversas localidades, membros das forças de segurança continuam a ajudar a cavar sepulturas para as vítimas, enquanto outros montam tendas para tratamento dos feridos.
O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos.
Este sismo é o mais mortífero em Marrocos desde aquele que destruiu Agadir, na costa oeste do país, em 29 de fevereiro de 1960, causando entre 12.000 e 15.000 mortos, um terço da população da cidade.
O chefe do governo marroquino, Aziz Akhannouch, presidiu esta segunda-feira a uma reunião dedicada em particular à reconstrução de habitações destruídas nas áreas afetadas,
"Os cidadãos que perderam as suas casas receberão uma indemnização... uma oferta clara será anunciada em breve", sublinhou.
De acordo com o governante, estão atualmente a ser analisadas soluções para quem ficou a viver na rua.