Líder da IL diz que Costa e Albuquerque são "irmãos gémeos" em várias matérias
O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, disse hoje que o primeiro-ministro, António Costa (PS), e o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), são "irmãos gémeos" em várias matérias, entre as quais nas políticas de saúde.
"Nós temos um problema no continente de listas de espera e temos o PSD a criticar o PS, e temos um problema de listas de espera na Madeira e temos o PS a criticar o PSD", explicou, para logo concluir: "Nem PS, nem PSD, quando estão no poder, conseguem resolver as questões de saúde, os problemas de saúde, nem dos portugueses em geral, nem dos madeirenses em particular".
Rui Rocha falava no Funchal numa iniciativa de campanha da candidatura da IL às eleições regionais de 24 de setembro, encabeçada por Nuno Morna, que dedicou ao dia ao tema da saúde.
"A conclusão a que eu chego é que António Costa e Miguel Albuquerque são uma espécie de irmãos gémeos em várias matérias e também na saúde", disse, considerando que os problemas do setor são comuns no continente e na região autónoma.
O líder da IL recordou, a propósito, as declarações de António Costa num comício da candidatura do PS, na sexta-feira, em Machico, na zona leste da ilha, no qual afirmou que "não é fácil ser socialista na Madeira".
"Isso tem provavelmente uma razão: é que o próprio Miguel Albuquerque é muito socialista e, portanto, não deixa espaço ao socialismo do PS", sugeriu Rui Rocha.
Em relação aos problemas do setor da saúde, como as listas de espera para atos cirúrgicos, que afetam cerca de 118 mil madeirenses, a Iniciativa Liberal propõe um sistema universal, envolvendo o privado, o público e o social, sem custos acrescidos para os utentes.
"A Iniciativa Liberal, ao contrário dos outros, não propõe remendos, não propõe pequenas soluções, não faz pequenas adaptações, propõe uma solução completamente diferente", garantiu, vincando que essa solução está expressa na proposta de lei de bases da saúde que o partido já deu entrada na Assembleia da República.
As eleições legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
A IL concorreu pela primeira vez às eleições regionais em 2019, sem conseguir qualquer mandato. Agora, tem como meta eleger pelo menos um deputado no arquipélago.