Regionais 2023 Madeira

Programa eleitoral do PS está pronto a ser executado como programa de governo

Sérgio Gonçalves promete governar para as pessoas e colocar a autonomia ao serviço de todos

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Foto Hélder Santos/Aspress

O programa eleitoral do PS-Madeira no âmbito das Eleições Legislativas Regionais, hoje publicamente apresentado, está pronto para ser executado como programa de governo.

“Hoje apresentamos um programa eleitoral que está absolutamente pronto para ser também um programa de governo”, garante o líder socialista e candidato a presidente do Governo Regional, Sérgio Gonçalves.

Deixou também a garantia que com o PS na ‘Quinta Vigia’ a governação não discriminará ninguém. “Queremos acima de tudo governar para as pessoas e colocar a autonomia ao serviço de todos e não apenas de alguns”.

Perante cerca de uma centena de militantes e simpatizantes socialistas que encheram uma das bancadas do auditório no edifício da Reitoria da Universidade da Madeira – Colégio dos Jesuítas, Sérgio Gonçalves fez saber que o programa socialista hoje apresentado é “o culminar de um enorme trabalho” realizado ao longo de “quase dois anos” e feito com “proximidade” à sociedade.

Assegura que o mesmo apresenta “soluções concretas” e assenta numa “visão de futuro”, com propostas e medidas que vão ao encontro e respondem aos anseios dos madeirenses e porto-santenses.

Do rol de medidas, começou por falar da excessiva tributação, nomeadamente dos “impostos elevados que continuam a existir por responsabilidade exclusiva de Miguel Albuquerque e do PSD”, e concluir que “é fundamental reduzir o IVA e o IRS”, alívio que o PS se propõe concretizar.

Defendeu também que “é preciso aumentar rendimentos, aumentar salários”, e na Habitação, acusou a inércia do Governo Regional, ao concluir que é “das áreas que tem sido mais negligenciada pelo Governo Regional ao longo dos últimos anos”, ao dar conta que são já “mais de cinco mil famílias carenciadas” que existem na Região, realidade agravada pela crescente dificuldades dos jovens no acesso à habitação.

Reclamou também uma política de desenvolvimento sustentável, mostrando-se preocupado com os “problemas no turismo”, ao ponto de admitir que “corremos o risco, se nada fizermos, de matarmos a ‘galinha dos ovos de oiro’ desta região”.

O cabeça-de-lista socialista defendeu também “serviços públicos ao serviço das pessoas”, e aproveitou para denunciar uma prática há muito enraizada pelo actual poder “de confundir funcionários públicos com funcionários do governo”. Prova dessa promiscuidade é no exercício das suas funções “fazerem campanha em nome de um determinado partido”, numa clara alusão à maria PSD.

Sérgio Gonçalves assegura que se chegar a presidente do Governo Regional, haverá “boa governação”, assente em três pilares: “Próxima, transparente e dimensionada”.

Referiu-se ainda ao ciberataque ao SESARAM para acusar o Governo Regional de “esconder todos os dias informação”.

O mesmo Governo Regional que diz não ter dinheiro para atenuar as dificuldades socioeconómicas que muitos enfrentam, mas não se importa de “esbanjar 33 milhões de euros em tachos para o PSD e CDS, e em obras inúteis”, criticou.