Portugueses são os que mais defendem na UE solidariedade com povo ucraniano
Os portugueses são, entre os cidadãos da União Europeia (UE), os que mais defendem que o bloco comunitário deve continuar a manifestar solidariedade para com a Ucrânia, de acordo com o Eurobarómetro.
Em causa está um Eurobarómetro hoje divulgado sobre os desafios e prioridades da UE em 2023, no qual 66% dos inquiridos portugueses disse concordar totalmente que a UE deve continuar a manifestar solidariedade para com a Ucrânia, a maior percentagem entre os 27 e acima da média de comunitária de 38%.
Quando questionados se a UE deve continuar a aplicar sanções à Rússia -- económicas e diplomáticas -- também 66% dos questionados portugueses afirmou concordar totalmente com tais medidas restritivas, novamente acima da média dos 27 Estados-membros de 46%.
Já relativamente a um apoio à Ucrânia "no seu caminho para a integração europeia", isto é, relativamente a uma eventual adesão ucraniana ao bloco comunitário, 52% dos inquiridos indicou concordar totalmente, a segunda maior percentagem da UE (atrás dos 54% da Suécia) e acima da média europeia de 29%.
A Ucrânia apresentou o seu pedido de adesão à UE em fevereiro de 2022 e foi-lhe concedido o estatuto de país candidato em junho desse ano.
Cabe ao Conselho decidir sobre as próximas etapas logo que a Ucrânia preencha as condições definidas no parecer da Comissão Europeia sobre o pedido de adesão de Kiev à UE.
Em termos gerais, na UE, "uma grande maioria dos europeus considera que a guerra na Ucrânia mostra a necessidade de a UE garantir a sua segurança energética e económica (85%), bem como de aumentar a cooperação militar entre os Estados-membros (75%), continuando a mostrar solidariedade para com a Ucrânia (71%)", refere a Comissão Europeia em comunicado.
O executivo comunitário observa ainda que "os europeus continuam a ser a favor do apoio à Ucrânia e aos ucranianos", precisando que 86% aprovam que a UE continue a prestar apoio humanitário às pessoas afetadas pela guerra, 77% aceitam acolher no bloco comunitário pessoas que fogem da guerra e 71% apoiam a imposição de sanções económicas contra a Rússia.
Além disso, cerca de dois terços dos europeus, respetivamente 67% e 65%, consideram que a UE deve apoiar a Ucrânia na via da integração europeia e da sua integração no mercado único
Já 65% são a favor do apoio financeiro e económico à Ucrânia e 57% consideram que a UE deve apoiar a aquisição e o fornecimento de equipamento militar e de formação à Ucrânia.
Para este inquérito foram entrevistados por via digital 26.514 cidadãos da UE dos 27 Estados-membros, entre 24 e 31 de agosto passado.
A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).