Desempregados inscritos no Instituto de Emprego ao longo do mês de Junho aumentou
Dados da DREM apontam para um acréscimo dos pedidos de emprego e dos desempregados inscritos ao longo do mês na ordem dos +5,8% em ambos os indicadores, pese embora o balanço final seja positivo
Os mais recentes dados sobre o Indicador Regional de Actividade Económica (IRAE) revela que, no mês de Junho de 2023, a actividade económica regional cresceu, mas a um ritmo inferior ao registado no mês anterior.
Os números da Direcção Regional de Estatística (DREM) baseiam-se em seis indicadores de curto prazo, nomeadamente a actividade económica, o consumo privado, o investimento, a procura externa, o mercado de trabalho e os preços.
Sobre o mercado de trabalho, destaca-se o acréscimo dos pedidos de emprego e dos desempregados inscritos ao longo do mês, na ordem de +5,8% em ambos os indicadores, tendo sido registado, também, um decréscimo das ofertas de emprego (-18,2%, quando em Maio anterior tinha sido -29,9%).
Pese embora este aumento mensal de inscrições de novos desempregados, houve uma diminuição efectiva do universo global de pessoas sem emprego no final do mês de Junho, já que o número de indivíduos que encontraram emprego foi superior às novas inscrições.
Já a actividade enconómica, embora tenha mantido uma trajectória positiva de crescimento, o ritmo foi inferior ao registado no mês anterior.
Para este crescimento continuado tem contribuído o sector do turismo, "uma vez que as dormidas (excluindo o alojamento local abaixo de 10 camas) aumentaram 2,9% nesse mês, embora abaixo dos 10,8% registados em Maio anterior", podemos ler na análise feita pela DREM.
No consumo privado, particularmente no que concerne às operações da rede SIBS, com cartões nacionais, "verificou-se um crescimento de 8,7%, em Junho de 2023, mantendo a desaceleração que se verifica desde Abril anterior". Também o consumo de gasolina desacelerou. Pelo contrário, os empréstimos para consumo concedidos às famílias e às instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias que, desde Junho do ano passado, estavam a recuar, em Junho de 2023, inverteram tendência e cresceram 3,2%.
Recuo tem sido a nota dominante nos investimentos, com a excepção a cair nas vendas de automóveis novos ligeiros de mercadorias, que cresceu +9,0%, e da avaliação bancária de habitação, com aumento de +17,7%. Houve, assim, menos empréstimos à habitação, a criação de menos empresas, entre outros indicadores relevantes.
As importações e as exportações de bens decresceram, na ordem dos -2,4% e -4,5%, respectivamente, embora o movimento de mercadorias nos portos tenha crescido +9,9%. Houve, também, menos passageiros nos aeroportos.
No que respeita aos preços, "em Junho de 2023, a taxa de inflação homóloga, que se fixou em +3,8%, desacelerou face ao mês anterior (+4,4%), sendo inferior nos bens (+3,6%) e superior nos serviços (+4,0%). A inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos) foi de +4,7%", diz a DREM em comunicado.