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Bruxelas revê em alta crescimento económico em Espanha para 2,2% em 2023

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Foto: JORGE GUERRERO / AFP / Arquivo

A Comissão Europeia reviu em alta a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Espanha para 2,2% em 2023, mais 0,3 pontos percentuais que na primavera, foi hoje anunciado.

De acordo com as previsões intercalares de verão da Comissão Europeia, hoje divulgadas em Bruxelas, esta revisão em alta do crescimento económico de Espanha em 2023 reflete nomeadamente os resultados robustos no primeiro semestre de 2023.

Para 2024, Bruxelas prevê que o crescimento real do PIB registe uma moderação para 1,9%, menos 0,1 pontos percentuais do que o projetado na primavera, uma vez que o abrandamento da atividade económica prevista para o final do ano deverá prolongar-se, pelo menos, até ao primeiro semestre de 2024.

A expansão económica deverá ser mais moderada no segundo semestre de 2023 devido ao enfraquecimento do ímpeto do setor do turismo, a uma atividade económica mais fraca nos principais parceiros comerciais, ao impacto de condições de financiamento mais restritas na procura agregada e a uma dinâmica mais suave do mercado de trabalho.

O poder de compra das famílias, que deverá beneficiar da continuação do abrandamento das pressões sobre os preços, conjugado com o aumento dos salários nominais, atenua parcialmente os fatores desfavoráveis ao consumo privado.

Em relação à inflação anual medida pelo IHPC, a Comissão Europeia prevê que a mesma registe uma moderação para 3,6% em 2023, devido à continuação da desaceleração da inflação dos produtos energéticos desde o terceiro trimestre de 2022, e projeta um novo abrandamento para 2,9% no próximo ano, apesar da pressão em alta resultante da esperada eliminação progressiva das medidas governamentais implementadas para atenuar o impacto dos elevados preços da energia.

A inflação medida pelo IHPC, com exceção dos produtos energéticos e dos produtos alimentares não transformados, deverá diminuir mais gradualmente, uma vez que a repercussão dos preços elevados dos produtos energéticos noutras rubricas, em especial nos produtos alimentares e nos serviços, se manteve durante o primeiro semestre de 2023, afirma Bruxelas.

Os efeitos de segunda ordem sobre os salários têm sido limitados até à data, apesar da recuperação moderada, tanto em termos nominais como reais, registada no primeiro semestre do corrente ano, adianta o documento.