Regionais 2023 Madeira

IL quer baixar impostos para evitar recurso à "central de apoios"

None

O cabeça de lista da Iniciativa Liberal às eleições legislativas da Madeira, Nuno Morna, disse hoje que os impostos têm de baixar no arquipélago para evitar que os madeirenses recorram à "central de apoios" que é o Governo Regional.

"Temos de alterar esta lógica e fazer com que as pessoas tenham mais rendimento no final do mês e não paguem tantos impostos como pagam", afirmou, no decurso de uma iniciativa de campanha junto a uma grande superfície, no Funchal.

A candidatura da Iniciativa Liberal apresentou dois cabazes de compras no valor de 50 euros cada, um referente a março de 2022, outro relativo a agosto de 2023, mostrando que com o mesmo valor se paga agora metade dos bens.

Nuno Morna disse que a subida da inflação não foi acompanhada pelo aumento do salário dos madeirenses, situação que, muitas vezes, os força a "recorrer àquela central de apoios que é o governo com subsídios, as câmaras com apoios, as juntas de freguesia e as IPSS [instituições particulares de solidariedade social] com cabazes".

Depois do "brutal aumento de impostos" declarado pelo Governo de Pedro Passos Coelho (PSD/CDS-PP), acrescentou, seguiu-se agora uma "brutal coleta de impostos", que ocorre também na Região Autónoma da Madeira.

"Temos responsabilidade na baixa dos impostos em 30% no IVA, no IRS e no IRC nos Açores, fez parte do acordo que tivemos com o Governo Regional [PSD/CDS-PP/PPM], e queremos exatamente a mesma coisa para a Madeira, ou seja, as pessoas ficarem com mais salário no fim do mês", declarou o também ator e técnico de aeronáutica.

A IL concorreu pela primeira vez às eleições regionais em 2019, sem conseguir qualquer mandato. Agora, tem como meta eleger pelo menos um deputado no arquipélago.

No primeiro dia de campanha oficial, a candidatura contou com a presença do líder nacional do partido, Rui Rocha, que criticou o Governo da Madeira por não baixar os impostos e acusou o PSD nacional de "hipocrisia" por defender essa medida para o país.

As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.