Livre está "bastante convicto" de que vai ter representação
O cabeça de lista do Livre às eleições legislativas da Madeira, Tiago Camacho, disse hoje que o partido está "bastante convicto" de que irá conseguir ter representação no parlamento madeirense.
O Livre escolheu começar a campanha oficial para as regionais com uma visita ao Mercado do Santo da Serra, no concelho de Santa Cruz, um local que costuma registar mais movimento aos domingos.
"O nosso objetivo é claro. É entregar o manifesto, passar as nossas ideias, tentar [fazer as pessoas] ver que somos um partido diferente e que achamos ser necessário aqui na Região Autónoma da Madeira", realçou Tiago Camacho, em declarações à Lusa.
O operador de armazém, de 33 anos, que anda nas lides políticas desde 2017, apontou que tem sentido "maior abertura" por parte da população relativamente a campanhas eleitorais anteriores nas quais o partido participou.
"Recebemos um 'feedback' positivo, as pessoas também têm desejo de que as coisas mudem. Porque na nossa região as coisas estão muito complicadas, principalmente ao nível da habitação, salários e a inflação", destacou.
Esses fatores, acrescentou, estão talvez "a condicionar o pensamento das pessoas e estão a levá-las a abrir um bocadinho a mente", considerou o cabeça de lista.
Relativamente a possíveis coligações pós-eleitorais, Tiago Camacho frisou que o partido aceita acordos "apenas com os partidos de esquerda, no máximo dos máximos com o JPP".
"Com a direita nós não fazemos coligações", sublinhou.
Esta é a primeira vez que o Livre concorre num sufrágio para o parlamento regional.
O partido preconiza uma "Madeira também para os madeirenses", destacando a falta de habitação e os baixos salários como os principais problemas a combater.
O cabeça de lista tem afirmado ser necessária uma "alternativa real à atual governação", defendendo o desenvolvimento de políticas de inclusão, a importância de uma preocupação ambiental e uma transformação real do pensamento social.
As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.