Regionais 2023 Madeira

CDU reforça compromisso com a justiça social no arranque da campanha

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A candidatura da CDU às regionais madeirenses iniciou hoje a campanha nas zonas altas do Funchal, de forma simbólica, para realçar o seu compromisso com a justiça social e expor os problemas da "ilha moderna e cosmopolita" do PSD/CDS-PP.

"Estamos a iniciar esta campanha aqui nas zonas altas e tem esta força simbólica de quem está comprometido, para dizer o nosso compromisso com a luta pela justiça social, no combate às grandes desigualdades sociais", afirmou o cabeça de lista, Edgar Silva.

A CDU (PCP/PEV) promoveu esta manhã uma marcha, descendo diversos sítios das zonas altas do concelho, com o candidato a destacar que foi a única candidatura a optar por este tipo de locais no arranque oficial da campanha.

"Estamos aqui com as populações nestes lugares que são de ultraperiferia não só porque estamos sempre aqui - sempre que é necessário, dando voz, dando força à justa reivindicação do povo das zonas altas -, mas também porque é aqui que estão os trabalhadores, os mais explorados, as pessoas que têm fome e sede de justiça", argumentou.

No alto do sítio do Curral Velho, na freguesia de Santo António, Edgar Silva referiu, com ironia, que, à semelhança de outras zonas altas da Madeira, ali "dá para ver a ilha moderna e cosmopolita que o PSD e o CDS edificaram, rodeada de um imenso oceano de desigualdade, de grandes e escandalosas desigualdades".

"É onde dá bem para ver onde é que faltam os esgotos, acessos, investimento público e sobram muitas desigualdades", reforçou.

O cabeça de lista comunista sublinhou que a iniciativa do arranque da campanha eleitoral foi "uma marcha pela justiça social, por uma região onde o combate as desigualdades seja a grande prioridade da intervenção política".

A CDU fez um apelo ao populares para ajudarem a "dar mais força" a esta força política, sustentando que "para defender os senhorios desta terra, defender os senhores do mando já existem deputados em demasia, em excesso, no parlamento da Madeira", onde PSD e CDS-PP têm, em conjunto, maioria absoluta.

Edgar Silva argumentou ser do "interesse do povo" reforçar a CDU no hemiciclo, considerando que esta é a "condição para lutar por uma vida melhor nesta terra" e "enfrentar a exploração e as dificuldades do dia-a-dia".

As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.

O Governo Regional é liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, que se recandidata.